Direito em Movimento - Volume 17 - Número 1 - 1º semestre/2019

173 Direito em Movimento, Rio de Janeiro, v. 17 - n. 1, p. 142-199, 1º sem. 2019 ARTIGOS nologias digitais. O Sistema de Justiça do futuro sinaliza maior eficiência, transparência, e com menor custo. Omomento agora é de pensar nas novas tecnologias e como elas podem auxiliar o Judiciário na sua missão: prestação jurisdicional eficaz, em tempo razoável e acessível a todos.Temos que avançar para a terceira fase dessa trans- formação digital, com o uso da Inteligência Artificial no Judiciário. 8 INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL Há uma década, o tema Inteligência Artificial no Judiciário (IA) es- tava restrito ao ambiente acadêmico: experimentos e pesquisas em labo- ratórios. Hoje, a IA já está presente cada vez mais em soluções práticas disponíveis no mercado. A inteligência artificial (IA) vem ganhando manchetes no mundo todo. Ela é anunciada tanto como uma salvação econômica quanto como precursora de desintegração social. Faltam, porém, avaliações claras sobre o real valor que essa tecnologia pode criar, bem como os desafios que pre- cisam ser enfrentados para garantir que a sociedade usufrua dos benefícios deste inevitável impacto disruptivo, em vez de sofrer com ele 44 . Em termos gerais e simplistas, correndo o risco das simplificações re- dutoras, é possível definir a inteligência artificial (IA) como o desenvolvi- mento de sistemas de computador capazes de executar tarefas que normalmente exigem habilidades humanas 45 . 44 PETERSEN, Tomás M. Inteligência Artificial no Judiciário: A Segunda Fase da Transformação Digital No Direito . Disponível em: <http://www.sajdigital.com.br/pesquisa-desenvolvimento/inteligencia-artificial-no- -judiciario/>. Acesso em 28 Jul 2018. 45 CRUZ, Frank Ned Santa. Inteligência artificial no Judiciário . Disponível em: <http://www.migalhas.com. br/dePeso/16,MI257996,51045-Inteligencia+artificial+no+Judiciario>. Acesso em 28 Jul 2018. JOHN MC- CARTHY, quem cunhou o termo em 1956, “ numa conferência de especialistas celebrada em Darmouth Colege ” (GUBERN, Romá. El Eros Electrónico. Madri: Taurus, 2000), a define como “ a ciência e engenharia de produzir máquinas inteligentes ”. É uma área de pesquisa da computação dedicada a buscar métodos ou dispositivos computacionais que possuam ou multipliquem a capacidade racional do ser humano de resolver problemas, pensar ou, de forma ampla, ser inteligente. Também pode ser definida como o ramo da ciência da computação que se ocupa do comportamento inteligente ou ainda, o estudo de como fazer os computadores realizarem

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