Direito em Movimento - Volume 16 - Número 2 - 2º semestre/2018
55 Direito em Movimento, Rio de Janeiro, v. 16 - n. 2, p. 41-71, 2º sem. 2018 ARTIGOS compreensão tanto do significado de ser policial, quanto do cotidiano do exercício dessa identidade profissional, e isto pode ser comprovado pelos discursos que seguem: Policial 4: “Policiais despreparados e violentos”. Policial 3: “Alguém que está ali para te prejudicar [...] que você é o inimigo, que quando está lá causa desordem, você acaba levando a insegurança para as pessoas por conta dos conflitos armados que existem em decorrência dos patrulhamentos, por causa da guerra do combate as drogas”. Policial 9: “Não gostam de nós a não ser que precisem”. Policial 8: “A sociedade não valoriza o trabalho policial [...], o policial trabalha no limite da tensão, do estresse, além do risco ocupacional. Isso é muito di- fícil, mas não é visto nem valorizado. Experiências de atuações negativas de alguns profissionais, como tortura, homicídio, acitar dinheiro para libertar cidadãos em situação irregular, ajudaram a generalizar uma visão negativa de desconfiança e de que todo policial é corrupto e que pode fazer algo de errado a qualquer momento”. Policial 6: “Com desconfiança por não haver uniformidade de condutas”. Policial 10: “A sociedade enxerga a policial como braço forte do Estado, o que causa uma aversão natural ao policial”. Policial 7: “Negativamente, de acordo com os interesses imediatos”. Policial 2:
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