Direito em Movimento - Volume 16 - Número 2 - 2º semestre/2018

52 Direito em Movimento, Rio de Janeiro, v. 16 - n. 2, p. 41-71, 2º sem. 2018 ARTIGOS mático para a compreensão da realidade. Sua consequência é a apropriação da linguagem de variáveis para especificar atri- butos e qualidades do objeto de investigação. Os fundamentos da pesquisa quantitativa nas ciências sociais são os próprios princípios clássicos utilizados nas ciências da natureza: a) o mundo social opera de acordo com leis causais; b) o alicerce da ciência é a observação sensorial; c) a realidade consiste em estruturas e instituições identificáveis enquanto dados brutos por um lado e crenças e valores por outro. Estas duas ordens se correlacionam para fornecer generalizações e regularidades; d) o que é real são os dados brutos; valores e crenças são dados subjetivos que só podem ser compreendidos através dos pri- meiros. MINAYO (2002, p.21). O foco principal é o estudo de caso profundo e exaustivo de poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento. Esta modalidade de pesquisa é amplamente usada nas ciências biomédicas e so- ciais (GIL, 2007, p. 54). Deste modo, corrobora-se FONSECA (2002, p. 33), quando o autor afirma que: Um estudo de caso pode ser caracterizado como um estudo de uma entidade bem definida como um programa, uma ins- tituição, um sistema educativo, uma pessoa, ou uma unidade social. Visa conhecer em profundidade o como e o porquê de uma determinada situação que se supõe ser única em muitos aspectos, procurando descobrir o que há nela de mais essencial e característico. O pesquisador não pretende intervir sobre o objeto a ser estudado, mas revelá-lo tal como ele o percebe. O estudo de caso pode decorrer de acordo com uma perspectiva interpretativa, que procura compreender como é o mundo do ponto de vista dos participantes, ou uma perspectiva pragmá- tica, que visa simplesmente apresentar uma perspectiva global, tanto quanto possível completa e coerente, do objeto de estudo do ponto de vista do investigador (FONSECA, 2002, p. 33).

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