Revista Arte e Palavra - Volume 1

66 Cem anos antes da obra, Erik Pontoppidan, um bispo e zoólogo escandinavo, comprovou a existência do “Kraken”, aquele gigantesco molusco que se atraca com o batiscafo Nautilus. A revelação que arranca o monstro “dos domínios da lenda, trazendo-o para a observação científica” é do francês Bernard Helvemans, “um dos maiores especialistas em homem das Neves” (vol. 29, p. 21) que, na primeira pessoa, conta: “Depois de vários anos de pesquisa, tendo datilografado mais de 1500 páginas, fui tentado a abandonar meus estudos, com muita raiva e quase em prantos, pois eu havia gasto uma grande parte da minha vida atrás de um mistério... O caos, no entanto, lentamente tomava forma. ‘Mesmo sem luz - disse Milton - as trevas são visíveis’.” (p. 18/20). Hoje só há trevas quando cai o sinal do computador, diria o autor de Paraíso Perdido. Falando em evolução tecnológica, a Planeta de dezembro de 1974 trazia ao Brasil “A máquina de fotografar o passado” (vol. 28, p. 68), artigo do estudioso de ocultismo Edmundo Cardillo sobre uma traquitana capaz de registrar o passado em imagem e som. Como um desses canais de TV por assinatura cuja programação é composta exclusivamente de retrospectivas e flash-backs, o

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