Revista Arte e Palavra - Volume 1

27 Pediu “a Lei Maria da Penha”. Dentro do ônibus itinerante, abriu seu coração. Queria sair dali, quebrar o círculo vicioso. Ia embora e nunca mais voltaria! A casa-abrigo era uma opção possível. A única! Mas ela precisava apresentar os documentos, dela e do menino, eram essenciais na opinião do juiz. Jéssica foi apanhá-los, carregando o bebê que agora chorava. Disse que voltava antes das três da tarde, horário em que se encerrava o atendimento pelo pessoal do ônibus. Não voltou. Na semana seguinte, a Maria da ONG trouxe o menino e pediu ao juiz a guarda provisória. De Jéssica, a mulher anjo, nunca mais se ouviu falar.

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