Revista Arte e Palavra - Volume 1
100 Quando abro a cada manhã a janela da minha casa, é como se abrisse um novo olhar sobre a vida. A vida que passa e que sempre passou diante dos olhos desmensurada estava à minha frente, despercebida. Na aridez desértica dos estreitos de mim mesma, observo a vida pelo filtro de uma brecha. Os saberes libertam, conduzem, qualificam e dão voz ao invisível, fazendo compreender, também, que o amor não é o que me completa, mas aquilo que resta em mim, para além do que me falta. Claudia Roberta Sampaio Frinchas da vida Deixo sempre a janela aberta para o sol entrar e me impedir de tropeçar no eclipse da ausência. A vida pela janela não para. E é preciso ouvir o silêncio, para que ele fale tudo àquilo que me toca. E tudo toca, tudo fala, tudo diz quando desvela a mudez em minha alma. Pela janela da vida arrisco o amor para afastar o medo.
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