ARTE E PALAVRA
75 Formado em Administração de Empresas, Direito e Fotografia. Juiz de Direito do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Antes de abraçar a carreira da magistratura, exerceu a advocacia e foi defensor público. AP: Há quanto tempo se de- dica à fotografia? Conte-nos um pouco sobre a sua trajetó- ria como fotógrafo. AB : Faço imagens há mais de 20 anos. Migrei do desenho livre para a fotografia. Come- cei mesclando desenho livre com fotos, sendo que, com o tempo, abandonei o desenho e me dediquei exclusivamente à fotografia. Comecei fazendo cursos rápidos e há uns cinco anos terminei a faculdade de Fotografia. Com o término da faculdade de Fotografia, rece- bi o convite para que algumas das minhas imagens fossem expostas e passassem a ser aplicadas em produtos. AP: O que chama a sua aten- ção e lhe desperta o desejo de se expressar pela fotografia? AB: Tenho vontade de regis- trar imagens que acho bonitas, interessantes, diferentes, estra- nhas, o que os celulares com câmeras ajudam muito. Po- rém, o que mais me chama a atenção são as pessoas comuns com quem acidentalmente es- barramos. Por algum motivo, dá vontade de guardar aque- la imagem. Tenho verdadeiro encantamento pelo continente Pela lente de André Souza Brito africano e aí passei a registrar mais intensamente as pessoas. AP: Com que frequência foto- grafa? AB : Atualmente, eu e a grande maioria das pessoas fotografa- mos diariamente. Os celulares evoluíram tanto em qualidade de imagem e rapidez de ajus- te que o hábito de fotografar se tornou um vício. Porém o ritual – pegar a máquina, as lentes, limpar, programar o tema, as saídas – é realizado, em média, a cada dois meses, bem como toda vez que viajo, não importa para onde. AP: O registro das fotos em PB é uma preferência? Por quê? AB: Regulo a máquina para ver e fazer o registro em PB. Acho mais fácil, pois, se a imagem ficou interessante em preto e branco, ficará também em cor. A gravação é feita em dois tipos de arquivos, raw e jpeg , como se meu “negativo digital” fosse em cores, e a foto, em PB. Faço isso porque a edição e a pós-produção são feitas com a imagem em cor, que depois é convertida para monocromática.
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