Relatório_NUPEMASC
14 Relat. Pesq. NUPEMASC, Rio de Janeiro, n. 2, 2023. Outro grande desafio tem sido o quantitativo de pessoal envolvi- do nas ações. Isto é, de acordo com 24% dos magistrados da Comarca da Capital que participaram da pesquisa realizada por este Núcleo de Pesquisa, em 2022, a ausência de mediadores tem impactado direta- mente no alcance de soluções adequadas aos conflitos. Para além da ausência, acrescentamos que a formação e aper- feiçoamento de mediadores tem sido um ponto de atenção para o Tri- bunal de Justiça, que tem já no ano de 2023 implementado a Escola de Mediação, como medida pioneira no país. A Escola de Mediação do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, inaugurada no mês de agosto, oferta cursos em conformidade com a Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos confli- tos, do CNJ, além de cursos de extensão para público interno e externo, no campo da mediação e conciliação judiciais CONCLUSÃO Em que pese ainda existirem grandes desafios a serem vencidos para a concretização do Sistema de Justiça Multiportas no estado, nota- damente por meio do trabalho desenvolvido nos CEJUSC’s e Casas de Família, um trabalho de base educacional e social nos parece necessário. Ainda que todo aparato estatal seja posto à disposição dos indiví- duos, aqueles que não compreendem o valor do exercício da cidadania tendem a permanecer inertes à potência da autonomia para buscar so- luções para seus próprios conflitos. Concluímos, pois, que as políticas públicas elaboradas pelo Po- der Judiciário, associadas ao exercício da cidadania e emancipação dos cidadãos, assim como ao diálogo entre os envolvidos nos conflitos, podem ser elementos fundamentais para o desenvolvimento de uma sociedade mais pacífica e solidária.
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