“Sociologia Jurídica” - novo Curso da EMERJ
Teve início no último dia 24 de agosto, no auditório Paulo Roberto Leite Ventura, o Curso de Sociologia Jurídica – Organização Social do Poder Judiciária, coordenado pelo desembargador Wagner Cinelli e que teve como tema “O Indivíduo na Sociedade e na Instituição – Grupos Focais”, analisado pelo cientista social Dr. Fernando Fontainha.
Ao abrir o curso, o desembargador Wagner Cinelli destacou a importância de a Sociologia integrar os cursos jurídicos e acrescentou: “É um prazer estar aqui, na nova sede da EMERJ, neste curso novíssimo de Sociologia. O CNJ e Escola Nacional de Magistratura têm orientado que tenhamos Sociologia na grade curricular dos cursos. Logo esse link da EMERJ com a Academia é muito importante”.
O cientista social Dr Fernando Fontainha, em sua palestra, lembrou suas pesquisas voltadas para a magistratura e de que foi na faculdade de direito que começou a se interessar pela Sociologia Jurídica. Fernando Fontainha falou ainda sobre a forma como o curso será pensado: “Vamos colocar a ação individual do magistrado no centro da reflexão. E isso tem algumas consequências metodológicas, como partir do princípio de que todo ator social, inclusive o magistrado, tem consciência e é capaz de atribuir um sentido à sua ação e esse sentido, no cotidiano do seu trabalho, tem impacto forte na sua instituição.”
A Desembargadora Leila Mariano, diretora-geral da EMERJ, destacou a importância do curso de Sociologia para os magistrados e servidores, e falou ainda sobre a contribuição de cursos como este para a carreira da magistratura: “Essa contribuição que a Sociologia presta ao exercício da magistratura é fundamental. Hoje as questões e os conflitos que julgamos não se resolvem só com conhecimentos jurídicos; precisa-se do auxílio de outras ciências, principalmente as humanísticas para tentar resolvê-los melhor.”
Após o intervalo, os participantes se dirigiram para uma sala de aula, onde ocorreu intensa dinâmica de grupo. Nesse período da aula, magistrados e servidores foram divididos em quatro grupos para que fossem recolhidas as categorias nativas de cada um, como o ingresso no Tribunal, as preocupações com o trabalho e o caminho percorrido até chegar à carreira pública, por exemplo. Segundo o professor e cientista social, Doutor Fernando Fontainha, esse estudo tem o objetivos de organizar suas próximas aulas no curso e alimentar uma base de dados que torne os cursos cada vez mais densos e próximos dos problemas reais dos magistrados.
A próxima aula do curso de Sociologia Jurídica - Organização Social do Poder Judiciário acontecerá no próximo dia 21 de setembro, ocasião em que o coordenador do curso, o desembargador Wagner Cinelli, irá ministrar aula sobre Introdução à Sociologia.