“O conflito na Síria já pode ser considerado a grande tragédia do início do século XXI”,
afirma o professor Márcio Scalércio em evento na EMERJ
“A Questão da Síria e o Direito Internacional” foi o tema do encontro do Fórum Permanente de Estudos Interdisciplinares, neste dia 29 de setembro, na Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro. O evento foi aberto pelo desembargador Elmo Arueira, presidente do Fórum, e contou com a participação dos juízes Álvaro Henrique Teixeira de Almeida e João Marcos de Castello Branco Fantinato.
“Mesmo que o conflito acabe, a Síria continuará vivendo uma tragédia. A recuperação não vai ser rápida de maneira nenhuma, principalmente pela perda de pessoas, não só os que morreram, mas também os que foram obrigados a deixar o país.” Com essa afirmação, o professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade Católica do Rio de Janeiro(PUC-RJ) Márcio Scalércio deu início à sua palestra. “O conflito na Síria já pode ser considerado a grande tragédia do início do século XXI”, ressaltou o professor, que apresentou os números atuais da guerra: mais de 465 mil mortos, cerca de um milhão de feridos, e pelo menos 12 mil deslocados, dos quais 5 mil deles se tornaram refugiados.
Márcio Scalércio criticou a postura da Organização das Nações Unidas (ONU) no conflito: “O papel da comunidade internacional na guerra da Síria não tem sido de gerenciadora do conflito, mas aprofundadora do conflito. A guerra civil está durando um tempo que vai muito além dos recursos que a Síria teria, graças a aliados de todos os lados do confronto que ficam enviam armas, combatentes, apoio diplomático, apoio político. É mais uma evidência de que a ONU precisa de reformas”, destacou o professor. “A guerra civil acaba quando alguém ganha. A única saída para a Síria é a vitória de alguém, concluiu.
21 de setembro de 2017.
Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional da EMERJ.