Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro

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Até que ponto o medo interfere na segurança pública? Essa foi a reflexão proposta pelo Fórum Permanente de Segurança Pública e Execução Penal da Escola da Magistratura do Rio de Janeiro -EMERJ, que realizou, nesta sexta-feira, dia 05, o seminário “Medo e Democracia: os Dilemas da Segurança Pública no Brasil”. Para falar sobre aumento das taxas de criminalidade e da sensação de insegurança agravados pela atual crise político-financeira no país, a EMERJ reuniu especialistas no assunto.

A abertura do encontro foi feita pelo presidente do Fórum Permanente da EMERJ, desembargador Alcides da Fonseca Neto, presidente do Fórum Permanente de Segurança Pública e Execução Penal, que considera que o medo pode incentivar um discurso ao ódio. “O objetivo deste seminário é debater o medo, sentimento que está presente em todos nós, no nosso dia a dia, e que muitas vezes pode se transformar em ódio. Além disso, o medo interfere na forma de fazer segurança pública”.

Participaram também da mesa de abertura o vice-presidente do Fórum, desembargador Luciano Silva Barreto; o sub-reitor de pós-graduação de Pesquisa da UERJ, Egberto Gaspar de Moura; o coronel da Polícia Militar, Íbis Silva Pereira; e o professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UERJ, Oswaldo Munteal Filho.

Para a palestrante, a professora Mônica Lessa, o mundo ficou mais violento após a Segunda Guerra Mundial : “O uso das armas empregadas na guerra, a magnitude de vidas ceifadas, proporcionaram uma ruptura na civilização estabelecida pelo povo europeu”. Ela também fez uma crítica aos tempos atuais: “O que se observa, hoje, é que o processo civilizador está retrocedendo, e esses retrocessos são percebidos através de exemplos banais do dia a dia, como a violência verbal , que é manifestada através de uso de palavrões, a violência de imagens, em que o pudor ao expor pessoas é deixado de lado e a violência que ocorre nos estádios”.

À tarde, o seminário prosseguiu com os seguintes painéis: “O Sonho de uma Polícia Cidadã”, exposto pelo coronel Íbis Silva Pereira; “Pacificação e Reforma Policial: o sonho de uma Polícia Cidadã”, apresentado pelo coronel da Polícia Militar Robson Rodrigues da Silva; “Drogas e Democracia: Uma Reflexão sobre o Lugar da Polícia”, conduzido pela co-fundadora e diretora executiva do Instituto Igarapé, Ilana Szabó de Carvalho; e “Os Dilemas e Desafios do Curso de Tecnólogo em Segurança Pública”, pelo professor adjunto do Departamento de Segurança Pública da UFF, Pedro Heitor Barros Geraldo.

Assista ao vídeo de depoimento do desembargador da Fonseca Neto na página do YouTube da EMERJ através do link: https://www.youtube.com/watch?v=vB0V3fp3Lqg

05 de maio de 2017

Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional EMERJ