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Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



Rio de Janeiro passou de maior desmatador para nível zero de desmatamento da Mata Atlântica, diz Carlos Minc durante seminário na EMERJ

“Há cerca de 12 anos, o Rio de Janeiro era o campeão de desmatamento da Mata Atlântica. Hoje o estado permanece em nível de desmatamento zero, segundo dados da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)”, disse o deputado estadual e ex-secretário de Estado do Meio Ambiente, Carlos Minc.

A declaração foi feita durante o seminário “A Compensação Ambiental para Unidades de Conservação: modelagens administrativas e divergências jurídicas”, promovido pelo Fórum Permanente de Direito do Ambiente da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro – EMERJ, nesta segunda-feira, dia 03 de abril.

Segundo Carlos Minc, que foi ministro do Meio Ambiente, o Rio teve menos de um quilômetro quadrado de desmatamento nos últimos levantamentos anuais. E o avanço foi conquistado devido a um conjunto de atividades: a criação de muitos parques; o chamado “ICMS Verde”, que permite às prefeituras que investirem na preservação ambiental ter maior repasse do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços); o concurso para guarda-parques; e a criação das Unidades de Policiamento Ambiental (UPAm).

“Essa medida incentivou que os municípios criassem mais unidades de conservação, acabassem com os lixões, fizessem coleta seletiva e melhorassem a qualidade das águas com saneamento básico. Com isso, o número de parques municipais, em cinco anos, dobrou de 110 mil hectares para 215 mil hectares”, informou Minc.

O seminário trouxe outros especialistas para discutir o tema meio ambiente e o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), que consiste na obrigação de o empreendedor, nos casos de licenciamento ambiental de significativo impacto ambiental, apoiar a implantação e manutenção de unidades de conservação.

Abertura homenageou desembargadora pioneira no tema meio ambiente para magistratura do Rio

A abertura do encontro foi feita pelo diretor-geral da EMERJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo; pelo presidente da Comissão de Sustentabilidade/TJRJ – COSUS, desembargador Jessé Torres; pela juíza Admara Schneider, presidente do Fórum Permanente de Direito do Ambiente da EMERJ; pelo secretário de Estado do Ambiente – SEA/RJ, André Corrêa; e pela representante do Instituto Chico Mendes (ICMBio/MMA), Silvana Canuto.

O diretor-geral da Escola informou que o seminário, além de refletir sobre o tema de extrema importância, foi proposto em homenagem à ex-presidente do Fórum Permanente de Direito do Ambiente, a desembargadora Maria Collares Felipe da Conceição, uma das pioneiras no incentivo ao debate, no âmbito da magistratura e como cidadã, sobre a importância da preservação da natureza. “A desembargadora atuou como presidente deste Fórum Permanente desde a criação, em 2006. Ela será sempre lembrada nesta casa e neste fórum como uma presidente de honra”. (Conheça a história da homenageada: http://www.emerj.tjrj.jus.br/paginas/noticias_todas/forum-permanente-de-direito-do-ambiente-homenageia-desembargadora-maria-collares.html)

O desembargador Jessé Torres também ressaltou o papel fundamental da desembargadora Collares e relacionou o direito administrativo com o meio ambiente: “Me envolvi com o tema ambiental há pouco mais de cinco anos. Meu vínculo sempre foi com o direito administrativo e percebi que ele muito tinha a fazer também no campo ambiental. É uma caixa de ferramentas que precisa ser aberta e colocada à disposição do direito ambiental, como por exemplo, as licenças, permissões, autorizações, concessões: institutos do direito administrativo”.

Temas:

A primeira mesa de debates com o tema “Aspectos legais na concepção da Compensação Ambiental” foi conduzida pelo deputado estadual e ex-secretário de Estado do Ambiente, Carlos Minc; pelo professor de Direito Ambiental, Celso Antonio Pacheco Fiorillo; pela professora da PUC-Rio e da EMERJ, Danielle Andrade Moreira; e pelo promotor de Justiça do Estado do Rio de Janeiro – MPE/RJ, Marcus Leal. Como mediador, participou o coordenador da pós-graduação em Direito Ambiental da EMERJ, Rogério Rocco.

“As Modelagens Administrativas da Gestão e a Execução dos Recursos da Compensação Ambiental” foi o título do segundo debate realizado pela procuradora da república – MPF, Gisele Porto; pelo presidente do Instituto Chico Mendes – ICMBio/MMA, Ricardo Soavinski; pelo ex-diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do INEA, André Ilha; e pela secretária executiva do FUNBio, Rosa Lemos. Como mediadora, atuou a diretora da APRODAB e membro do Fórum Permanente de Direito do Ambiente da EMERJ, Cristiane Jaccoud.

A última mesa foi composta pelo deputado estadual, Flávio Serafini; pelo procurador do Estado do Rio de Janeiro; Rodrigo Mascarenhas; pela procuradora de Justiça do Estado do Rio de Janeiro – MPE/RJ, Denise Tarin; pelo presidente da Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente – ABRAMPA, Luis Fernando Barreto; e pela mediadora, a juíza Maria Teresa Pontes Gazineu. Debateram o tema “Natureza Jurídica dos Recursos da Compensação Ambiental”.

Ao final do encontro, aconteceu o lançamento do livro “Comentários à Legislação Ambiental do Estado do Rio de Janeiro”, da Dra. Cristiane Jaccoud.


04 de abril de 2017
Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional da EMERJ