Fechar

Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



Desembargadora Teresa de Andrade Castro Neves


Desembargadora Teresa de Andrade Castro Neves

A atual integrante da 6ª Câmara Cível do TJERJ, Teresa de Andrade Castro Neves, ingressou profissionalmente no mundo jurídico como Procuradora do Município do Rio de Janeiro, logo após se formar pela Faculdade de Direito da UFRJ, em 1987.


O que a levou a se interessar pelo Curso de Preparação à Carreira da Magistratura não foi, prioritariamente, a Magistratura, como confessa a Desembargadora Teresa de Andrade Castro Neves:


- Para mim, pesava mesmo na vontade de passar em concurso público, naquela época, a Procuradoria do Estado ou Município, pois tinha intenção de advogar. Só depois de atuar na Procuradoria é que fiquei insatisfeita na função e quis novos desafios.

O Curso da EMERJ foi fundamental para a sua aprovação no concurso de ingresso na Magistratura:
- Não apenas pelas aulas, mas também pelo contato com os professores, e serviu até para meu amadurecimento pessoal/profissional. As regras de conduta a serem seguidas, a vestimenta, o falar, tudo é importante. Fundamental foram também os desafios para nos posicionarmos - era comum termos dois professores com pensamentos antagônicos e que os expunham com a mesma maestria. Assim, a cada aula achávamos que aquele mestre tinha razão e assim era difícil escolher um lado. A sistemática de estudo foi importante, a bibliografia indicada, também. Entretanto, para mim, o convívio com os colegas foi um diferencial. Não apenas tínhamos grupos de estudo, como também sofríamos e dividíamos alegrias e insucessos. Não é sem razão que, da nossa turma, creio, apenas quatro não estão na carreira pública e alguns deles por,  pura opção,  jamais fizeram concurso.


Para aqueles que pretendem fazer o Curso de Especialização da EMERJ, a magistrada recomenda:
- Preparem-se previamente para as aulas, que são o instrumento para tirar dúvidas e não para ter o primeiro contato com a matéria. Acompanhem a jurisprudência, mas antes entendam o porquê de cada posicionamento. O mais importante é ter raciocínio jurídico, uma boa base dos institutos para poder construí-los. O olhar deve ser crítico. Pensar é o que faz você se destacar, não apenas repetir aquilo que está escrito ou decidido. É fundamental ser claro, portanto conhecimento da língua portuguesa influencia e muito, na hora da correção das provas escritas, é claro.


Conclui a Desembargadora Teresa de Andrade Castro Neves: “Agora, o que não pode faltar ao candidato é ideologia, vontade de transformar, de servir e muita coragem. A magistratura não é carreira, é de fato um sacerdócio. Exige muito sacrifício e na verdade passar no concurso é apenas o começo desse caminho.