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Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



Não-reconhecimento paterno é uma forma de violência, diz socióloga Ana Liési Thurler em palestra na EMERJ

Na manhã desta terça-feira, dia 09, a professora Ana Liési Thurler, doutora em Sociologia pela Universidade de Brasília (UNB) e mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), fez a exposição do tema “Brasil Patriarcal: a Violência do Não-Reconhecimento Paterno” na 51ª Reunião do Fórum Permanente de Violência Doméstica, Familiar e de Gênero da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ). A juíza Adriana Ramos de Mello, presidente do deste Fórum, realizou a abertura do encontro ao lado da juíza Maria Aglaé Tedesco Vilardo, que participou como debatedora.

Ao iniciar sua fala, a palestrante Ana Liési Thurler relatou os diversos tipos de violência sofrida pelas mulheres: a física, a doméstica, a psicológica, a sexual, a moral, a patrimonial, a institucional e a obstétrica. “Não devemos aceitar essas violências, pois elas ferem a nossa cidadania e viola os nossos direitos humanos”.

De acordo com Ana Liési, o não-reconhecimento paterno é visto, por grande parte das pessoas atingidas, como uma forma de violência. Ela ponderou que os procedimentos jurídicos para reconhecimento da paternidade deveriam ser mais facilitados durante o processo judicial.

A socióloga acredita que é necessário provocar mudanças nos paradigmas de masculinidade que envolvam vivências afetivas: “As mulheres devem valorizar o cuidado masculino, pois a parceria é importante para mães e filhos. Cuidar é também função do homem; é atribuição de todos os seres humanos. Precisamos contestar a cultura no que se refere ao fato de cuidar ser somente função das mulheres, pois o cuidado não está vinculado ao sexo”.

Assista ao vídeo de depoimento da palestrante Ana Liési Thurler na página do YouTube da EMERJ através do link: https://www.youtube.com/watch?v=TNaIUPAgG4U

09 de maio de 2017

Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional EMERJ