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Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



Monica Mumme debate Justiça Restaurativa e Polo Irradiador na EMERJ

A Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) realizou, no último dia 18, a 34ª reunião do Fórum Permanente de Práticas Restaurativas e Mediação. A palestrante convidada a debater o tema “Justiça Restaurativa e o Polo Irradiador: Uma Política que Convida ao Diálogo Social” foi a psicóloga Monica Mumme, diretora da empresa Laboratório de Convivência e consultora e capacitadora em Justiça Restaurativa e procedimentos restaurativos. A abertura do encontro foi realizada pelo desembargador César Felipe Cury, presidente do Fórum Permanente e do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC). Os debatedores foram os juízes de direito Alfredo José Marinho Neto e André Felipe Alves da Costa Tredinnick.

“No início, eu achava muito estranho o tema Justiça Restaurativa, pois eu entendia que a Justiça era tema restrito a juízes, promotores e defensores públicos. A meu ver, não era necessário o envolvimento de terceiros, uma vez que já havia pessoas capacitadas atuando”, declarou a palestrante.

Monica Mumme disse que considerava incomum, no início, a técnica usada pela Justiça Restaurativa - técnica de solução de conflitos em que sentam, em círculos, vítimas e ofensores, e que se utilizam da criatividade e da sensibilidade dos profissionais durante o diálogo entre os participantes, possibilitando, assim, uma nova perspectiva na tentativa de solucionar o conflito – pois, de acordo com ela, o natural é a pessoa manter distância daquele que lhe provocou algum dano.

Para a expositora, não há hierarquia na Justiça Restaurativa, todos os saberes são fundamentais na construção de uma Justiça dialógica: “A reunião das pessoas em uma sessão de Justiça Restaurativa não se dá pelos cargos das pessoas presentes, e sim pela função que elas desenvolvem na consolidação da política pública”, relatou.

De acordo com a psicóloga, o Polo Irradiador – metodologia que é utilizada para implementar a Justiça Restaurativa – é um espaço que nasceu da inquietação de como construir uma política pública que não “engessasse” o projeto, e que convida as pessoas a debaterem sobre essa política e também criar meios de as pessoas aprofundarem esse trabalho, e complementou: “A Justiça Restaurativa precisa ser divulgada e consolidada o tempo todo em jornais, revistas e nas redes sociais”.


19 de abril de 2017

Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional da EMERJ