Fórum Permanente de Direito do Ambiente homenageia desembargadora Maria Collares

Sensível às causas ambientais, a desembargadora Maria Collares Felipe da Conceição foi uma das pioneiras no incentivo ao debate, no âmbito da magistratura e como cidadã, sobre a importância da preservação da natureza. O esforço por tal prática lhe concedeu o título carinhoso de “desembargadora verde”. Atuou como presidente do Fórum Permanente de Direito do Ambiente da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) desde a criação, em 2006. Através do Fórum, promovia palestras e debates reafirmando seu compromisso com a causa que, segundo ela, é uma dedicação sem fim: “não vou parar enquanto estiver viva”.

Para homenagear a desembargadora, o Fórum Permanente de Direito do Ambiente da EMERJ dedicou seu primeiro evento a ela. O encontro aconteceu nesta segunda-feira, dia 03, com o seminário “A Compensação Ambiental para Unidades de Conservação: modelagens administrativas e divergências jurídicas”.

Mensagem da desembargadora Collares

A homenageada não pôde comparecer ao evento por motivos de saúde, mas foi representada pelas duas filhas Shirley e Sheila, que leram a mensagem escrita pela mãe:

“Nos últimos 10 anos, vi crescer esse filho: o Fórum Permanente de Direito do Ambiente. Muitos temas foram debatidos, muitas mentes brilhantes compartilharam seus conhecimentos aqui neste auditório!
E, como tudo na vida, chegou a hora de passar o bastão. Tenho certeza de que ele ficará em excelentes mãos e que continuará a produzir bons frutos.
Fico muito feliz em receber essa homenagem que significa o reconhecimento do meu trabalho à frente desse Fórum!
Agradeço o apoio dos diretores que por essa Escola passaram e a colaboração dos colegas, funcionários e palestrantes, sem os quais esse sonho não se realizaria.
Pena não poder estar aqui, mas meu pensamento e meu coração estão!
Muito obrigada por tudo! Beijos e Abraços!
Desembargadora Maria Collares”.

 

Sua história

A paixão pelo Direito existiu desde cedo, quando ainda era criança. Nascida no interior de Minas Gerais em uma família tradicional, as festas eram frequentes em sua casa. Em uma dessas confraternizações, o pai indagou à filha, quando tinha apenas 11 anos, o que ela seria quando crescesse, e ela logo respondeu: juíza de Direito. “Todos riram, já que isso não era um sonho comum para uma criança, ainda mais uma menina do interior, onde nem se ouvia falar em faculdade de Direito”, contou. E ela concretizou o que prometeu ao pai. Escolheu o Direito, pois queria poder ajudar as pessoas, era o que a movia.

Aprovada para a Defensoria Pública, a desembargadora pôde ajudar muitas pessoas. Trabalhou como defensora pública por quatro anos. Após foi aprovada para a magistratura fluminense e nomeada em 1976.  “Quase não aceitei o cargo de juíza, pois queria continuar defendendo as causas dos hipossuficientes, mas no decorrer da minha trajetória muitas histórias emocionantes justificaram minha presença na magistratura”.
Desde o início como magistrada, antes de julgar optava por tentar conciliar as partes, principalmente quando atuou em Vara de Família. “Eu era boa em conciliar. Filosofava, dava conselhos, outras vezes broncas e elevava a moral das partes, quando era necessário”.

O envolvimento com causas ambientais começou quando a desembargadora tinha 18 anos. Em 1995 cursou mestrado em Ciências Ambientais na Universidade Federal Fluminense (UFF). Desde então não parou mais. “Sempre gostei da Serra da Tiririca, em Niterói. E foi lá que dediquei meu carinho à natureza. Subi muito o morro com mudas de plantas para reflorestar a área. Vestida igual ‘minhoca da terra’, muitos nem sabiam que eu era juíza”. A desembargadora tornou-se então grande referência no incentivo às causas ambientais. “Ao cuidarmos do meio ambiente estamos cuidando de nós, seres humanos. O desmatamento gera um vazio na alma”. Ela relembra que quando começou, há vinte anos, muitos colegas zombavam do fato de ela pedir para que cada um plantasse árvores e dela alertar que um dia a água iria acabar. “Hoje, infelizmente, é o que estamos vendo”. Para ela, mudar o pensamento de uma só pessoa para que cultive o meio ambiente já é uma grande vitória. “O predador do homem é o próprio homem”, alerta. 

Engajada em fazer o bem, considera que o pensamento positivo emana energia boa para o resto do corpo. Lembra que alguns colegas a chamavam de “desembarguerreira”, pela atuação firme, porém sensível às causas das pessoas. Frequentadora há mais de 30 anos da Fundação Cultural Avatar, a desembargadora doa seu tempo palestrando sobre o bem.

 

03 de abril de 2017
Fonte: Assessoria de Comunicação da EMERJ

Informações: Revista Jus Correge – edição 15, em entrevista realizada com a desembargadora Maria Collares



Magistrados EMERJ

MAGISTRADOS

Informações sobre cursos oficiais de formação e aperfeiçoamento.

Virtual EMERJ

VIRTUAL EMERJ

Ambiente Virtual de Aprendizagem. Cursos oferecidos na modalidade a distância.

Portal Acadêmico EMERJ

PORTAL ACADÊMICO

Destinado aos alunos e professores do Curso de Especialização em Direito Público e Privado.

Eventos EMERJ Gratuitos

EVENTOS EMERJ GRATUITOS

Fóruns, seminários e ciclo de palestras destinadas ao público em geral.

Publicações EMERJ

PUBLICAÇÕES

Artigos jurídicos de diferentes áreas do direito.

Informativo EMERJ

INFORMATIVO

Divulgação de eventos, cursos e notícias.

EMERJ em Pauta

EMERJ EM PAUTA

É o programa em vídeo disponibilizado no seu canal de Youtube, destinado a estudantes, profissionais do Direito e público em geral.

Eventos Gravados EMERJ

EVENTOS GRAVADOS

Seminários e ciclo de palestras realizados pela EMERJ.

Vídeo Institucional EMERJ


VÍDEO INSTITUCIONAL

Lançamento de Livros

LANÇAMENTO DE LIVROS

Divulgação dos lançamentos de livros de autores da área jurídica.

Eventos Externos

EVENTOS EXTERNOS

Divulgação de eventos da área jurídica de outras instituições.