Fórum Permanente da EMERJ debate o empoderamento de mulheres
“Nós mulheres somos maioria no Brasil, somos a maioria dos eleitores, mas só temos 10% de representatividade no Congresso Nacional. Para falarmos de desenvolvimento humano, temos que falar de igualdade de gênero”. A reflexão é da juíza Adriana Ramos de Mello, presidente do Fórum Permanente de Violência Doméstica, Familiar e de Gênero, ao abrir o evento “Gênero, Desenvolvimento e Empoderamento de Mulheres”, nesta terça-feira, 19 de junho, na EMERJ.
A professora Cecília Sardenberg, pesquisadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM) da Universidade Federal da Bahia (UFBA), falou sobre a história do feminismo e sobre a origem do empoderamento das mulheres, movimento que trouxe uma perspectiva distinta de crescimento, não só em relação ao empoderamento econômico, mas também em relação a ter controle sobre a própria vida, sobre a própria história.
Segundo a professora, é preciso falar em feminismos brasileiros, no plural, porque não existe apenas um feminismo brasileiro. Ela se referiu à elaboração da plataforma de ação, que inclui às questões de gênero e do empoderamento de mulheres: “Eu tenho esperança nas jovens mulheres que nos últimos dois anos foram para as ruas contra questões como a violência sexual. Na Argentina, as mulheres estão conquistando seus direitos reprodutivos. Nós também temos que brigar por isso”.
A advogada Leila Linhares, membro do Fórum e diretora da CEPIA, organização não governamental Cidadania, Estudo, Pesquisa Formação e Ação, participou do encontro como debatedora.
Estatísticas
Segundo o último relatório sobre desenvolvimento humano das Nações Unidas, o Brasil está em 92º lugar entre 159 países no ranking de igualdade de gênero.
O estudo, divulgado no ano passado, mostra que em todo o mundo as mulheres ganham menos, ocupam menos cargos de chefia e, em 18 países, ainda precisam da aprovação do marido para trabalhar.
19 de junho de 2018
Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional da EMERJ.