EMERJ recebe cineasta do filme “Polícia Federal – A Lei é para todos”
O Fórum Permanente de Estudos Interdisciplinares da EMERJ promoveu, na manhã desta quarta-feira, 25, a palestra “Cinema, Política e Liberdade de Expressão: Lava Jato, o Filme, visto por seu Diretor”, que foi ministrada pelo cineasta Marcelo Antunez.
A abertura foi feita pelo desembargador Elmo Arueira, presidente do Fórum Permanente, que destacou o objetivo dos encontros: “ser um centro de debates e discussões de assuntos que não são estritamente jurídicos, mas que fazem diálogo com o Direito. Através do Fórum, temos trazido representantes de vários campos do conhecimento que se relacionam com a matéria jurídica”.
Compuseram também a mesa de debates a vice-presidente do Fórum, desembargadora Aurea Pimentel, e os membros, o desembargador Eduardo Gusmão Alves de Brito Neto e o juiz João Marcos de Castello Branco Fantinato.
O desembargador Eduardo Gusmão disse ter o filme uma peculiaridade interessante: contar uma história que ainda não terminou. “Foi filmado no momento em que a história estava acontecendo. Nós, de um modo geral, olhamos para história como algo passado, mas a história, na verdade, fazemos nós mesmo e fazemos ela agora. O diretor conseguiu no filme manter uma comunicação em tempo real”. O desembargador considerou também que o filme se torna atraente por abranger uma área pouco explorada do cinema nacional, o cinema político.
Diretor de filmes de sucesso no cinema nacional, Marcelo Antunez iniciou sua palestra contando sobre a história do cinema mundial e destacando filmes que tiveram uma representação importante, reforçando sua afirmativa: “O cinema participou ativamente dos grandes debates da humanidade”.
Marcelo explicou que as artes e o Direito têm a mesma origem: a Grécia Antiga. Considerada a sétima arte por integrar todas as outras artes, o cineasta disse: “Justamente por ser a síntese de outras formas artísticas, que o cinema é um importante agente de mudança sociocultural. O cinema é mais que um entretenimento, é uma autêntica experiência de vida, pois inicia no público um processo de imersão, um processo de reflexão e análise, documentais ou fictícias, que remetem à vida real”.
Para o cineasta, a comunicação pelo cinema é mais relacional do que informativa. “A arte sempre reflete o que acontece na sociedade, seja pela forma ou pelo conteúdo”.
O filme
A ficção, baseada em fatos reais, já atingiu um milhão e meio de expectadores, sendo o recorde de bilheteria neste ano no cinema nacional.
O filme, alvo de críticas, não teve qualquer viés político, segundo contou o cineasta. “O longa não é partidário, o intuito foi produzir um cinema que provocasse a reflexão e que falasse sobre um assunto vivo, pulsante, na sociedade brasileira”.
Desde a primeira fase de pesquisa até o filme ser lançado, foram um ano e oito meses de trabalho. O filme “Polícia Federal – a Lei é para todos” trata dos fatos ocorridos desde a deflagração da operação Lava Jato, em março de 2014, até março de 2016. Segundo o diretor, será produzida uma segunda parte do filme, em breve.
25 de outubro de 2017.
Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional da EMERJ.