EMERJ apoia a campanha “Junho Violeta” e propõe reflexão sobre a violência contra a pessoa idosa
A cor violeta na fachada simboliza o apoio da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) à campanha “Junho Violeta”, que tem o objetivo de sensibilizar, mobilizar e conscientizar a população sobre os diversos tipos de violência contra os idosos. Por meio dos Fóruns Permanentes, a EMERJ fomenta a reflexão sobre os temas de interesse da sociedade e se antecipa ao Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa – data instituída em 2006 pela Organização das Nações Unidas e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa - 15 de junho.
“A violência doméstica e familiar contra a pessoa idosa é também muito triste porque ocorre entre quatro paredes e geralmente é praticada por pessoas próximas, como cuidadores, filhos e netos”, destaca a juíza Adriana Ramos de Mello, presidente do Fórum de Violência Doméstica, Familiar e de Gênero da EMERJ. A juíza ainda ressalta a importância da campanha: “No âmbito público, como hospitais e clínicas, as pessoas idosas também sofrem com a discriminação e maus-tratos, como por exemplo, falta de alimentação, de higiene e de cuidados médicos. A sua voz é silenciada, por isso a importância da campanha Junho Violeta de dar voz à pessoa idosa. ”
No Brasil, o número de pessoas com mais de 60 anos já ultrapassa 30 milhões. E só no ano passado foram feitas 33.133 denúncias de violência contra idosos, pelo disque 100, principal meio para comunicar violação dos direitos humanos no país.
Segundo as Nações Unidas, em todo o mundo, pelo menos 16% dos idosos já sofreram algum tipo de abuso, incluindo negligência, violência física ou psicológica e abuso financeiro.
“A violência física quando ocorre deve ser notificada às autoridades, mas há outras formas de violência: quando não se respeita a vontade das pessoas idosas, quando alguns se aproveitam da renda destas em benefício próprio ou quando são deixadas à sua própria sorte sem um apoio emocional ou material. Esse quadro é de todos nós que não sabemos se no futuro manteremos nossa independência ou não”, ressalta a juíza Maria Aglaé Tedesco Vilardo, presidente do Fórum Permanente de Biodireito, Bioética e Gerontologia da EMERJ. “A sociedade precisa se conscientizar de que a pessoa idosa é dona da sua biografia e merece protagonizar sua história até o fim da vida”, conclui a juíza.
06 de junho de 2018
Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional da EMERJ.