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Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



“Divórcio com Filhos: A Importância do Diálogo entre os Pais e o Papel da Mediação” é tema de debate na EMERJ



O Auditório Antonio Carlos Amorim recebeu no último dia 13 de agosto, a 12º reunião do Fórum Permanente de Práticas Restaurativas de Mediação. O encontro discutiu o “Divórcio com Filhos: A importância do Diálogo entre os Pais e o Papel da Mediação”, com a participação da Juíza da 1ª Vara de Família da Comarca de São João do Meriti e vice–presidente do Fórum Permanente, Raquel Santos Pereira Chrispino; da médica, mediadora, diretora presidente da MEDIARE, integrante da comissão de mediação de conflitos da OAB / RJ e do quadro de mediadores do TJRJ, Tania Almeida; da advogada colaborativa, mediadora, coordenadora da câmara de mediação de conflitos da OAB / RJ e membro de projetos desenvolvidos pelo MEDIARE, Olívia Fürst e da advogada, mediadora, professora da PUC, presidente de mediação de conflitos da OAB/ RJ, coordenadora da área de mediação família da MEDIARE, Samantha Pelajo.

Ao abrir o encontro, a Juíza Raquel Chrispino chamou atenção para a valorização da forma de ver o conflito. Logo em seguida a médica Tânia Almeida iniciou sua palestra comparando o desenvolvimento infantil a uma corrida de obstáculo, com alturas e distâncias diferentes e o do adolescente a uma corrida de trocas de bastões. Nesta situação a médica ressaltou ainda como o divórcio dos pais pode interferir no desenvolvimento das crianças: “Todas as fases de transição são como obstáculos a serem transpostos e cada um desses momentos demanda da criança uma energia a mais”.

Já a Dra. Olivia Furst contextualizou a família ao longo dos séculos e definiu o divórcio como um rito de passagem e ainda traçou um panorama cronológico da família no Direito brasileiro, desde a época do Império até os dias de hoje. E a Dra. Samantha Pelajo iniciou sua palestra caracterizando a mediação como um olhar das partes para o futuro e explicou como acontece esse processo: “A abordagem no caso da mediação é muito completa. Todos os aspectos do conflito vão poder ser cuidados e é claro que quem irá eleger os norteadores serão as próprias partes. O mediador ajuda a identificar o que é importante, quais os critérios e quais as premissas que as pessoas gostariam de eleger na abordagem do conflito e, por isso, a mediação acaba tendo um resultado muito mais coerente com aquelas pessoas e com aquele contexto.”