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Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



Curso de Formação Inicial: Desembargador do TJPR Roberto Bacellar destaca a importância das técnicas de comunicação na solução de conflitos

O desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR) Roberto Portugal Bacellar ministrou aula aos juízes participantes do Curso de Formação Inicial da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), nesta segunda, dia 10. Bacellar é especialista em Métodos Alternativos de Solução de Conflitos e colaborador da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (ENFAM) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Ao iniciar a aula, o desembargador Roberto Portugal Bacellar discorreu sobre a teoria das necessidades, criada pelo pensador Maslow, que se baseia na ideia de que cada ser humano se esforça para satisfazer suas necessidades pessoais e profissionais. Segundo a teoria, o indivíduo tem de realizar uma “escalada” hierárquica de necessidades para atingir a sua plena autorrealização. De acordo com Maslow, fazem parte do ciclo motivacional do ser humano: as necessidades básicas ou fisiológicas, as necessidades de segurança, as necessidades sociais, a autoestima e a autorrealização.

O desembargador falou também acerca da importância das técnicas de comunicação no meio jurídico, como aquelas utilizadas para solucionar problemas. Entre inúmeras dessas, ele destacou a importância da escuta ativa – técnica em que a pessoa interpreta e compreende a mensagem que recebe durante um diálogo.

Bacellar declarou ter se tornado um juiz muito mais interessante para a sociedade a partir do momento em que desenvolveu a técnica da escuta ativa, e declarou: “Nós, profissionais que queremos produzir o resultado na vida de outra pessoa, resolver o conflito, precisamos desenvolver uma escuta ativa, pois ela produz uma modificação na realidade e na vida da pessoa”.

“Quanto mais as partes participam do processo e do resultado, mas elas aceitam o processo como justo. Quanto mais o juiz interfere no processo e no resultado, menos as partes aceitam o processo como justo”, declarou Bacellar.

Método dos Seis Chapéus

Após a exposição dos conceitos teóricos, o desembargador do TJPA, que é colaborador da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (ENFAM), realizou com os 18 novos juízes do TJRJ uma dinâmica de grupo chamada de “Técnica dos Seis Chapéus”. O Método é uma ferramenta de análise de ideias que se consagrou em todo o mundo por usar ao máximo a experiência e a inteligência dos participantes de uma discussão. Emoções, informações, lógica, esperança e criatividade costumam se embaralhar na mente humana, impedindo de encontrar a melhor solução para as questões, podendo, inclusive, estimular o conflito com a parte oposta. Dessa maneira, o método objetiva tornar o pensamento mais claro e estruturado, e assim, mais eficiente.

 

10 de abril de 2017

Fonte: Assessoria de Comunicação da EMERJ