Fechar

Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



“Constituição e Energia Renovável” é tema de debate na EMERJ

clique nas imagens para ampliar

A Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) debateu, nesta sexta-feira, dia 17 de novembro, na 67ª Reunião do Fórum Permanente de Ciência Política e Teoria Constitucional o tema “Constituição e Energia Renovável”. A mestre em engenharia agrícola e ambiental e professora de energias alternativas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Juliana Lobo Paes, palestrou no encontro, que foi presidido pelo advogado Leandro Mello Frota. Também esteve presente o jurista André Espirito Santo.

“Muito se fala sobre a energia, todos falam mal de hidrelétrica, todos falam bem da energia solar e eólica, mas será que todos sabem conceituar o que estão falando? Sabemos muito pouco e falamos muito sobre o assunto”, declarou a engenheira ambiental Juliana Paes ao iniciar sua exposição. Ela destacou o Brasil como 10º maior consumidor de energia elétrica do mundo; em contrapartida, é um dos países menos poluentes, porque nossa base energética é hidrelétrica.

De acordo com a palestrante, a crise do petróleo, na década 70, quando se descobriu que o recurso natural não é renovável, foi a alavanca para a produção de energias alternativas e renováveis. Na atualidade, o Brasil é o maior produtor de etanol, mas o combustível tem sido deixado para trás, apesar de sermos um país agrícola e com profissionais excelentes.

O advogado Leandro Frota questionou o currículo dos ministros de Minas e Energia que o Brasil já teve: “Quando a gente olha para políticas públicas, para os nossos representantes, começamos a entender que não tem como dar certo, já que, infelizmente, em nosso país, apesar de termos os melhores profissionais e universidades de ponta, todos os governantes utilizam o ministério de Minas e Energia como moeda de troca partidária, e não como ministério importante para fomentar políticas públicas”.

Para a professora Juliana Lobo Paes nenhuma fonte de energia é errada, seja ela renovável ou não, o que falta é planejamento e transparência. Ela afirma que construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte não foi um erro, e sim faltou questionamentos sobre o dinheiro investido: “ Belo Monte já devia estar produzindo e ter alcançado o topo da sua produção. Não era para estarmos passando pelo o que passamos hoje em questões energéticas”.


17 de novembro de 2017.

Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional da EMERJ.