Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro
Café com Conhecimento recebe o desembargador José Muiños com o tema Reforma do Código Penal
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O presidente da IBDFAN, Luiz Claudio Guimarães; o procurador do ministério público estadual, Sávio Bittencourt; a professora da UERJ Heloisa Helena Barboza; a desembargadora Katya Maria Monnerat, o desembargador do TJSP, Antonio Carlos Mathias Coltro e a advogada Tânia da Silva Pereira.
“Eu acho paradoxal falarmos sobre o cuidado no momento atual em que vivemos. Eu nunca vi tanto descuido, ou ação sem cuidado, como as que nós temos visto nos últimos dois anos no Brasil. Mas, de qualquer maneira, eu fico contente por ter quem se preocupe com o cuidado”, declarou o desembargador Antônio Coltro , em sua palestra. Segundo o magistrado, a legislação brasileira está bem guarnecida de leis e decisões que se preocupam com o cuidar.
Para a professora Heloisa Helena Barboza, não é possível falar de cuidado sem a questão da afetividade, pois ambos são comuns no trato social: “Cuidado é uma expressão da afetividade”. De acordo com Heloisa, o afeto é um valor o qual não somos obrigados a tê-lo por ninguém, mas o cuidar é um dever, em especial quando se trata de pessoas que necessitam de proteção especial.
A advogada Tânia da Silva Pereira ressaltou a questão da confiança “O Brasil e o mundo vivem atualmente uma grave crise de credibilidade. Pessoas, empresas e países não confiam uns nos outros e isso inibe o desenvolvimento de uma sociedade saudável em todos os níveis. Enquanto somos treinados para valorizar competências, a confiança exige o conhecimento de outro campo, o da moral. Falar de cuidado e direito em meio a tantas perplexidades não é utopia”.
O promotor de justiça Sávio Bittencourt relatou a importância do cuidado fora das páginas processuais, pois , segundo ele, o cuidado deve ser tido pelas pessoas que estão por trás dos autos processuais : “muitos profissionais não gostam do que fazem, agem com pouco afeto. Ao analisarmos, encontraremos várias falhas nesse proceder profissional por falta dessa afetividade profissional”.
19 de maio de 2017
Fonte: Assessoria de Comunicação Institucional EMERJ
