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Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



“Todos nós olhamos para outras pessoas, mas não vemos, muitas vezes, o que tem por trás delas”, diz desembargadora em nova leitura do programa Livro Aberto


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Magistrados do Poder Judiciário se reuniram na tarde da última quinta-feira, dia 21, para dar continuidade a terceira temporada do programa Livro Aberto, edição especial no mês das crianças. O projeto da Biblioteca TJERJ/EMERJ - Desembargador José Carlos Barbosa Moreira é promovido pela Comissão de Biblioteca e Cultura da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ).


Nesta edição do programa, dirigido por Silvia Monte, foram realizadas uma série de leituras voltadas ao público infanto-juvenil. Na primeira leitura da nova temporada, os magistrados abordaram contos de Machado de Assis. Desta vez, o conto escolhido foi “Espiral”, do escritor Geovani Martins, que integra o livro O Sol na Cabeça, lançado em 2018.


O programa ocorre com a participação de magistrados do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), eles fazem a leitura dramatizada do conto e, depois, abrem a roda de conversa com os espectadores para um debate interativo. Na roda de conversa, o espectador pode abrir a câmera e interagir ao vivo com os participantes do encontro.


Roda de conversa


No encontro, participaram da leitura a desembargadora Ana Maria Pereira de Oliveira, presidente da Comissão de Biblioteca e Cultura da EMERJ, e o juiz Ricardo Andrade. A magistrada disse que a leitura da obra a fez refletir.


“Confesso que não o conhecia [o escritor], mas ele escreveu um maravilhoso livro de contos. Essa história de hoje nos traz muitas reflexões, é ótimo encontrar uma literatura nova. Geovani nos trouxe uma reflexão a respeito da nossa visão quanto a sociedade, os preconceitos que estão voltados para alguns aspectos da sociedade, sejam eles relacionados a cor ou nível social. Todos nós olhamos para outras pessoas, mas não vemos, muitas vezes, o que tem por trás delas; não compreendemos. Foi um texto muito impactante, na minha visão”, disse a desembargadora


O juiz Ricardo Andrade também assumiu que não conhecia o trabalho do autor, mas destacou a qualidade da obra.


“Também não o conhecia. Achei muito feliz os títulos dos livros dele, pois são muito pontuais. A linguagem do Geovani traz uma moralidade para o texto, que fica muito bem colocada em suas obras, que você lê rápido, de tão prazerosa que é a leitura. É muito interessante, merecedor do sucesso que faz. O texto de hoje é um pouco mais curto do que vínhamos lendo, mas tem um impacto muito grande”, comentou.


O conto “Espiral”


O conto “Espiral” trata de violência e de medo ao narrar o abismo social entre o morro e asfalto. Na história, o narrador acaba decidindo ser protagonista do temor que desperta involuntariamente nos vizinhos da Zona Sul. A situação acaba tomando proporções inacreditáveis alimentada pela violência e pelo preconceito. O ápice da narrativa ocorre ao final do conto.


Para assistir à transmissão completa, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=fOrtLdAIgsA.


Foto: Guilherme Metello



22 de outubro de 2021


Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)