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Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



Quinta edição do ciclo de palestras “Conversas com a Juíza” debate a saúde mental dos profissionais de enfermagem na pandemia


Quinta edição do ciclo de palestras “Conversas com a Juíza” debate a saúde mental dos profissionais de enfermagem na pandemia
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A Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) encerra as palestras do mês de agosto com o tema “Enfermagem e pandemia: desafios e perspectivas”. Neste dia 31, o Fórum Permanente de Biodireito, Bioética e Gerontologia em conjunto com o Núcleo de Pesquisa em Bioética e Saúde Social (NUPEBIOS), ambos da EMERJ, promoveram o webinar Com a Palavra a Profissão: Enfermagem. O evento ocorreu por meio das plataformas Zoom e YouTube, e contou com tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).


“Esse tema é relevante porque estamos vivendo um momento que eu posso afirmar ser único na história de nossas vidas, em que se vão mais de 18 meses e quase 600 mil mortes em decorrência dessa doença. Houve situações muito sérias em que pessoas morreram distante de seus parentes, mas o maior contato que essas pessoas tiveram foi com os profissionais de enfermagem”, ressaltou a presidente do Fórum, juíza Maria Aglaé Tedesco Vilardo, doutora em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva pela Fiocruz, na abertura da reunião.


A professora Norma Valéria Dantas de Oliveira Souza, doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, palestrou sobre “Trabalho de enfermagem em tempos de Covid-19: aprofundamento do sofrimento moral e psíquico”.


“Os profissionais da saúde estão adoecendo por conta do sofrimento psíquico, sofrimento moral e sofrimento físico. Nós temos o trabalhador adoecendo de burnout, cansaço extremo, depressão, fobias, dores crônicas, baixa imunidade, ansiedade patológica, estresse pós-traumático e com a automedicação. A automedicação está crescendo muito nos profissionais de enfermagem, a pessoa toma estimulante para poder enfrentar uma jornada de trabalho desgastante com ritmo de trabalho elevado e quando chega em casa precisa baixar o nível de ansiedade para dormir, então, ela toma um ansiolítico. Com isso, vemos essa automedicação para estimular e para diminuir a ansiedade, diminuir o pânico e diminuir as fobias, isso gera um impacto muito grande na saúde do trabalhador e na qualidade do trabalho desse trabalhador. Isso é preocupante”, revelou.


Participaram do evento a vice-presidente do Fórum Permanente de Justiça na Era Digital da EMERJ, juíza Maria Cristina Barros Guitiérrez Slaibi, e a enfermeira aposentada Marcia Oliveira, doutora em Bioética pela Fiocruz.


Para assistir à transmissão completa, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=_r5Gst_TblI


Foto: Rosane Naylor.



31 de Agosto de 2021


Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)