Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro
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Seis mulheres que são referência na área da Saúde, Cultura, Educação e Direito se reuniram no webinar “Mulheres com Poder de Transformação”, na manhã desta quinta-feira (11). O evento foi organizado pelo Núcleo de Pesquisa em Gênero, Raça e Etnia (NUPEGRE) e pelos Fóruns Permanentes de Violência Doméstica, Familiar e de Gênero, e de Biodireito, Bioética e Gerontologia. A transmissão foi através das plataformas Zoom e YouTube.
Na abertura do webinar, a presidente do Fórum Permanente de Violência Doméstica, Familiar e de Gênero, Adriana Ramos de Mello, falou que os níveis de violência contra adolescentes do sexo feminino aumentaram: “Eu tenho visto um fenômeno da juvenilização da violência contra a mulher. Cada vez mais meninas e adolescentes têm vivenciado experiências de violências, não só por parte da família, mas também em relacionamentos afetivos. Temos que nos preocupar com as nossas meninas e promover igualdade de oportunidades”. Adriana Mello é juíza titular do I Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher do Rio de Janeiro, mestre em Direito pela Universidade Cândido Mendes, mestre em Criminologia pela Universidade de Barcelona e doutora em Direito Público e Filosofia Juridicopolítica pela Universidade Autônoma de Barcelona.
“Em 2022, será o bicentenário da independência do Brasil. São 200 anos sem independência no Brasil. Quando a juíza Adriana fala sobre um casamento como prisão, ela evidencia pouca independência de homens e mulheres. Temos que pensar num conjunto de atividades que darão sentido a um projeto de Brasil. Como será o Brasil que queremos? Como nós podemos contribuir?”, disse a médica Ligia Bahia, doutora e mestre em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), graduada em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com especialização em Pneumologia Sanitária e em Epidemiologia pela FIOCRUZ.
Para a ativista social Cris dos Prazeres, fundadora do projeto PROA (Prevenção Realizada com Organização e Amor), cofundadora do projeto Vai Na Web e gestora do projeto ReciclAção, deve-se criar uma comunicação direcionada para as mulheres moradoras de comunidades: “O analfabetismo não mora só na leitura, mora também no ouvir uma fala muito acadêmica com nomenclatura distante do conhecimento dessa grande massa de mulheres. Muitos falam que elas têm acesso à informação, mas essa informação tem que ser pensada para aquele público, pois só assim, cria um impacto naquela vida.”
“No Dia Internacional da mulher (dia 8 de março) recebemos homenagens, mas a homenagem para mulher Brasileira deste momento é para a mulher que ficou um ano em casa sem trabalhar, sem auxilio, com as crianças fora da escola e impediu que seus filhos fossem cooptados pelas drogas ou pelo tráfico. Essa é a verdadeira mulher que sobreviveu a este ano”, afirmou a médica Margareth Dalcolmo que é doutora em Medicina (Pneumologia) pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), com especialização pela UNIFESP em Epidemiologia e Metodologia da Pesquisa, e pela British Council (Inglaterra) em Aperfeiçoamento em Advances in Respiratory Medicine.
A presidente do Fórum Permanente de Biodireito, Bioética e Gerontologia Maria Aglaé Tedesco Vilardo, que é juíza de Direito de Entrância Especial Substituta de Segundo Grau no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, doutora em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva em associação da UERJ, UFRJ, UFF e Fiocruz, falou sobre a cota mulheres na política: “Temos as cotas de candidaturas, mas não de vagas políticas”.
“A arte é um grande mecanismo de transformação social” afirmou a coordenadora do projeto Dançando Para Não Dançar, Thereza Aguilar, que é bailarina clássica e ex-aluna da Escola de Berlim (antiga DDR).
Para assistir a este webinar completo acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=7k1PJ2XyGqs
11 de Março de 2021
Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)