Fechar

Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



“Vivemos em um país que precisa, e muito, rever-se individualmente e coletivamente”, afirma Maria Paula Fidalgo, convidada do programa “Sextas na EMERJ”


“Vivemos em um país que precisa, e muito, rever-se individualmente e coletivamente”, afirma Maria Paula Fidalgo, convidada do programa “Sextas na EMERJ”
clique na imagem para ampliar


“Nós não somos nada; nós estamos. A única coisa que sou, é mãe. Já estive humorista, atriz e hoje estou embaixadora da paz”, destacou a convidada do último “Sextas na EMERJ”, Maria Paula Fidalgo. O encontro foi realizado via Instagram oficial da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), @emerjoficial, na última sexta-feira, dia 11. A entrevista foi conduzida pela diretora-geral da EMERJ, desembargadora Cristina Tereza Gaulia, doutora em Direito pela Universidade Veiga de Almeida. A palavra para a 8ª edição do programa foi “Culturas”.


Nascida em Brasília, Maria Fidalgo, atriz, humorista, apresentadora, palestrante, escritora e ativista, tornou-se a “eterna musa” do programa Casseta & Planeta. Formada em Psicologia desde os 21 anos, é mestre em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde pela Universidade de Brasília. Atualmente, é conselheira e fundadora da ONG “Uma gota no oceano” e embaixadora da paz.


“É uma oportunidade muito importante estar aqui, abrindo diálogo com uma Escola, para falar de cultura, principalmente a de paz. Precisamos cuidar, olhar e prestar atenção no outro. Temos que esticar a mão para o outro quando ele precisar. Como Escola, vocês têm uma oportunidade muito grande de fazer isso, pois estão formando as cabeças que estão liderando o país”, disse.


Quinzenalmente, magistrados do Poder Judiciário recebem personalidades da sociedade civil que fazem a diferença em suas áreas. O programa faz parte de um projeto de revitalização da Biblioteca TJERJ/EMERJ Desembargador José Carlos Barbosa Moreira. Universidade Veiga de Almeida.


A desembargadora Cristina Gaulia lembrou do programa “Justiça Itinerante” e ressaltou a importância do cinema e do teatro nacional.


“A Justiça Itinerante, que existe há 17 anos, leva um número enorme de magistrados para dentro de favelas, periferias e com isso podemos perceber a dor de quem precisa de nós. Essa é uma oportunidade que nem todos conseguem ter, mas penso que nisso entra a cultura, pois também é papel do cinema e do teatro mostrar a realidade, já que não é toda vez e nem todo mundo que consegue ter conhecimento da realidade que nos cerca”, refletiu.


“Precisamos investir na cultura e no cinema nacional. Vimos, durante a pandemia, como era importante ter conteúdo para assistir e distrair de tudo o que estava acontecendo. Nós vemos muitos filmes americanos, pois os Estados Unidos têm uma indústria gigante de filmes. Precisamos virar indústria; temos que fazer 600 filmes por mês para o público poder ter acesso, e temos capacidade para isso”, completou a convidada.


“Cultura é a expressão dos indivíduos que vão se ligando coletivamente. Cultura, no Brasil, é a expressão de todos juntos, com cada um expressando suas almas, talentos e ideias. A somatória disso tudo é a cultura. São os códigos que temos, nossos ‘jeitinhos’, nossas identidades. Vivemos em um país que precisa, e muito, rever-se individualmente e coletivamente. É um momento de muita violência, muito medo e tudo isso é uma questão de cultura. Não precisamos alimentar a cultura do medo”, acrescentou Maria Paula.


Em um momento de emoção, a embaixadora da paz parabenizou a diretora-geral da Escola, desembargadora Cristina Tereza Gaulia, pelo trabalho feito tanto na EMERJ quanto no programa “Justiça Itinerante”.


‘O trabalho que você faz e está fazendo, doutora Cristina Gaulia, é de deixar lágrimas nos olhos de tanta emoção por ver que tem gente, seres humanos com ‘H’ maiúsculo, que dedicam sua vida e inteligência para melhorar a situação. É muito importante que vocês façam isso, pessoas que tem o ‘poder da caneta’, que tem possibilidade verdadeira de transformação. Quando vemos pessoas com necessidades, temos que criar recursos para acolher”, disse.


“Precisamos pensar em uma cultura da paz que una solidariedade, fraternidade, empatia e sororidade. Devemos, sim, escancarar as portas das instituições públicas em que tenham autoridades que têm o ‘poder da caneta’ para que façam um melhor uso desse poder”, completou a magistrada.


Ao encerrar o programa, a desembargadora anunciou a homenagem à embaixadora da paz: “No dia 30 de junho estaremos homenageando a mulher ativista, a advogada Romy Medeiros, que sempre distribuiu prêmios para as mulheres - fez isso por 20 anos - que tinham se destacado no ano. Para 2021, Maria Paula Fidalgo será uma de nossas homenageadas. A Escola fará uma homenagem às ‘Mulheres Célebres Brasileiras’, as do passado e as da atualidade”.


“Agradeço muito por essa homenagem que com certeza amarei receber. No dia 30 estaremos juntas novamente!”, respondeu Maria Paula Fidalgo.


ONG


“Uma gota no oceano” é uma organização sem fins lucrativos em apoio a movimentos sociais, que trabalha com estratégias de comunicação para ampliar a empatia e solidariedade ativa da sociedade brasileira com causas socioambientais, ampliando a discussão de temas relevantes sobre o assunto. Para saber mais, acesse: https://umagotanooceano.org/ Para assistir à transmissão completa, acesse: https://www.instagram.com/p/CP_olCdFhBE/

14 de junho de 2021


Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)