Fechar

Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



TEA é tema de webinar do Fórum Permanente dos Direitos das Pessoas com Deficiência


TEA é tema de webinar do Fórum Permanente dos Direitos das Pessoas com Deficiência
clique na imagem para ampliar

“1981 — Ano Internacional da pessoa com Deficiência: 40 anos depois” foi o título do webinar do Fórum Permanente dos Direitos das Pessoas com Deficiência, nesta quarta-feira(10), com transmissão pelas plataformas Zoom e YouTube. O tema tratado foi Transtorno do Espectro do Autista (TEA).


“Nós temos muitas tentativas de retrocesso e, parte delas, são por pessoas que se encontram no lugar de dificuldade com relação a seus filhos, ou de movimentos que não têm contato com pessoas com outros tipos de deficiências”, disse a advogada Claudia Grabois, bacharel em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM). A advogada é mãe de uma menina de quatro anos diagnosticada com TEA.


Para a presidente do Fórum, juíza Adriana Laia Franco, mestre em Saúde Pública pela FIOCRUZ, a pandemia possibilitou a experiência de viver com restrições, o que é a realidade de muitas pessoas com deficiência: “É importante falar em reconstrução dos espaços públicos e reconhecimento efetivo de direitos. A pandemia de fato trouxe aprendizados nesse sentido, pois as pessoas sem deficiência perceberam as limitações de estarem confinadas. Devemos dar acessibilidade para aquelas pessoas que não precisam apenas de mascara e álcool em gel. Elas têm uma cadeira de rodas e a calçada está esburacada, elas usam bengala, mas tudo é mal sinalizado; e as construções públicas não têm rampa de acesso”.


A jornalista e ativista pelos direitos do autismo Andréa Werner, que é bacharel em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), fundadora do Instituto Lagarta Vira Pupa e mãe do Théo de 12 anos, diagnosticado com TEA, falou sobre a inclusão escolar: “O que eu vejo nesses anos todos com relação à inclusão escolar é que o Brasil não avançou muito. No exterior, Inglaterra e Suécia, também não há grandes maravilhas. O grande aprendizado é que nós temos que insistir e judicializar as escolas, pois as escolas só vão aprender no momento que elas começarem a gastar mais com advogados. Muitas mães não sabem seus direitos”.


Em seguida, Andréa Werner comentou sobre a importância da instituição criada por ela: “A Lagarta Vira Pupa virou uma rede de ativismo por inclusão, a sociedade não vai se preparar para o que não esta lá, por isso começamos a fazer eventos gratuitos, com rodas de conversas, orientação de como conseguir BPC (Benefício de Prestação Continuada), orientação psicológica e orientação jurídica. Os direitos, apesar de estarem na lei, não são cumpridos, pois a maior barreira é a atitudinal, nós temos a LBI (Lei Nº 13.146/2015 - Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência) que é maravilhosa, mas muita coisa não sai do papel por questões atitudinais”. Também participou do evento, a vice-presidente do Fórum, juíza Keyla Blank de Cnop, titular do 16º Juizado Especial Cível.


Autismo


O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) reúne desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo da infância. São elas: Autismo Infantil Precoce, Autismo Infantil, Autismo de Kanner, Autismo de Alto Funcionamento, Autismo Atípico, Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação, Transtorno Desintegrativo da Infância e a Síndrome de Asperger.


Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 (referência mundial de critérios para diagnósticos), pessoas dentro do espectro podem apresentar déficit na comunicação social ou interação social (como nas linguagens verbal ou não verbal e na reciprocidade socioemocional) e padrões restritos e repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos, interesses fixos e hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais. Todos os pacientes com autismo partilham estas dificuldades, mas cada um deles será afetado em intensidades diferentes, resultando em situações bem particulares. Apesar de ainda ser chamado de autismo infantil, pelo diagnóstico ser comum em crianças e até bebês, os transtornos são condições permanentes que acompanham a pessoa por todas as etapas da vida. Fonte: https://autismoerealidade.org.br/


Para assistir ao webinar completo acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=89iiQ7k_1Qo



10 de Março de 2021


Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)