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Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



Doutoras em Direito e em História debatem “Escravidão, Racismo e Contemporaneidade”


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“Este é um Fórum para reflexões críticas e todos nós estamos aqui presentes como professores e alunos. O tema é extremamente relevante. Compreender o racismo não mais como uma herança arcaica da escravidão é um ponto muito importante”, ressaltou a diretora-geral da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), desembargadora Cristina Tereza Gaulia, doutora em Direito pela Universidade Veiga de Almeida, na abertura do evento da última quarta-feira, dia 12.


O presidente do Fórum, juiz André Nicolitt, doutor em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, destacou a importância do Fórum: “Fico honrado de estar à frente de um Fórum que tem uma responsabilidade muito grande e que constrói muitos encontros como esse, que prometem debates valiosos e promissores”.


O webinário “Escravidão, Racismo e Contemporaneidade”, promovido pelo Fórum Permanente de Direito e Relações Raciais, antecedeu o aniversário de 133 anos da Lei Áurea (Lei nº 3.353, de 13 de maio de 1888), que declarou extinta a escravidão no Brasil. A vice-presidente do Fórum, promotora Lívia Sant’Anna Vaz, mestre em Direito Público pela Universidade Federal da Bahia, ponderou: “É momento de fazermos uma visão crítica do que os livros didáticos não nos contaram sobre a escravidão no Brasil e o fardo que nós, pessoas negras, ainda carregamos nos dias atuais. Tivemos um pós-abolição peculiar, que garantiu a marginalização de pessoas negras, que nos retirou das senzalas e empurrou para cortiços, favelas, subempregos, falta de acesso aos direitos fundamentais, encarceramento em massa. Precisamos mudar o comportamento dentro das instituições para falarmos de um caminho para igualdade racial no Brasil”.


Participaram do encontro, como palestrantes, as professoras Gabriela Barreto de Sá, doutora em Direito pela Universidade de Brasília; e Luciana Cruz Brito, doutora em História pela Universidade de São Paulo.


“O Brasil foi a última sociedade das Américas a abolir a escravidão. Enquanto projeto colonial, o Brasil tem somente 520 anos, portanto é um país novo, e somente 133 anos de abolição da escravidão. Para nós, historiadores, é muito recente a abolição da escravidão no país. Não podemos subestimar a proximidade que nós temos dessa sociedade escravista que é organizada de tal forma”, disse a professora Luciana Brito.


Para assistir à transmissão, que teve tradução em libras, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=8UP0JXyyDII&t=1384s&ab_channel=Emerjeventos


13 de maio de 2021


Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)