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Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



Magistrados debatem "A Magistratura e a Perspectiva do Outro: Um Olhar sobre Racismo, Gênero e Invisibilidade"


Magistrados debatem “A Magistratura e a Perspectiva do Outro: Um Olhar sobre Racismo, Gênero e Invisibilidade”
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"Nós vamos tratar de racismo e de gênero, que são temas muito importantes na sociedade atual, uma sociedade ainda tão cheia de preconceito e discriminação. Por conta da raça, de um marcador identitário, por conta do gênero, da orientação sexual, as pessoas são discriminadas e acabam se tornando invisibilizadas". Com essa observação, o desembargador André Andrade abriu o evento virtual "A Magistratura e a Perspectiva do Outro: Um Olhar sobre Racismo, Gênero e Invisibilidade", nesta quarta-feira, 07 de outubro.


O encontro, promovido pelo Fórum Permanente de Direitos Humanos, reuniu magistrados para o lançamento da segunda edição do livro "Magistratura do novo milênio: autoridade com alteridade", do desembargador Caetano Ernesto da Fonseca Costa, presidente do Fórum.


"A igualdade formal não diz nada, ou não deveria dizer nada. Vamos nos comprometer, nós, juízes, com a igualdade material. O artigo 5º da Constituição diz que todos são iguais perante a lei, mas não são. Nós temos fatores estruturais e estruturantes que continuam travando uma desigualdade imensa", destacou o autor.


A juíza Adriana Ramos de Mello falou um pouco sobre a obra. Ela disse que o livro traz a história de dois jovens juízes, Eduardo e Mônica, trata do exercício da proatividade, da humildade, do respeito às diferenças, mostra o quanto é importante que o juiz faça a diferença para os seus jurisdicionados, e ainda tem uma linguagem inclusiva, não sexista.


"O Caetano diz no livro: 'exercer a autoridade com alteridade', que é o que está faltando não só no nosso Sistema de Justiça, mas em toda a nossa sociedade", ressaltou Adriana Ramos de Mello.


"O livro se reveste de uma atualidade pungente. Tem uma sábia condução lírica do tema de alteridade que, se por um lado, nos delicia na escrita, por outro nos coloca à frente de um desafio hercúleo e simultaneamente vital que é o enfrentamento das estruturas excludentes e as perversas consequências que moldaram e que moldam nossa existência como sociedade", pontuou a juíza federal Alcioni Escobar da Costa Alvim.


O juiz Rosivaldo Toscano dos Santos Junior (TJRN) falou sobre "as maiorias que são minorias políticas", como as mulheres e a população negra: "O livro fala de humildade, respeito e comprometimento. Toca em temas polêmicos com a delicadeza da literatura do Caetano".


Assista na íntegra em https://www.youtube.com/watch?v=16KHCU8aNAY



08 de outubro de 2020