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Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



Fórum permanente reúne psicólogas em encontro virtual sobre os desafios da adoção


Fórum permanente reúne psicólogas em encontro virtual sobre os desafios da adoção
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"Adoção em Foco: Desafios da Adoção Tardia" foi o tema do webinar promovido pelo Fórum Permanente da Criança, do Adolescente e da Justiça Terapêutica, nesta sexta-feira, 5 de junho.


Por meio da plataforma Zoom, o juiz Sérgio Luiz Ribeiro de Souza, presidente do Fórum Permanente, abriu o evento, que foi conduzido pela desembargadora Cristina Tereza Gaulia, presidente do Fórum Permanente de Estudos Constitucionais, Administrativos e de Políticas Públicas.


"O nosso encontro tem o objetivo de saber por que a grande maioria daquelas pessoas que estão inscritas nas listas de adotantes preferem bebês ou crianças de tenra idade, para tentar sensibilizar esses mesmo adotantes quanto a uma possível alteração de perfil", ressaltou a desembargadora.


A psicóloga Érika Piedade dos Santos fez um levantamento histórico das leis que abordam o tema da adoção no Brasil e pontuou: "A maior parte das crianças que hoje está acolhida é de crianças mais velhas ou adolescentes que não eram realmente desejadas pela maioria dos habilitados. Eu acho que é urgente que o Estado e a sociedade brasileira adotem todas as crianças do nosso país".


"A invisibilidade é um sofrimento silencioso", destacou a psicóloga Eliana Olinda Alves ao falar sobre as crianças acolhidas em abrigos. Ela citou os últimos números do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento: "Dados de ontem (04/06) revelam que há 33.486 crianças em acolhimento institucional".


A psicóloga Cátia Figueira falou sobre os obstáculos à adoção tardia: "Pela minha experiência tenho visto a necessidade de uma mudança de ação do Judiciário. É preciso marcar que adoção não é caridade, não é ajudar. Nós precisamos criar um manejo diferenciado".


O juiz Sérgio Luiz Ribeiro de Souza, ao encerrar o encontro, falou da necessidade de uma preparação dos habilitados à adoção para que haja uma mudança de perfil, para que eles possam desejar adotar crianças mais velhas ou adolescentes, e apenas não bebês. "O que o juiz precisa enxergar (nos adultos que pretendem adotar) é a verdadeira vontade de ser pai e de ser mãe".


Assista o webinar na íntegra em https://www.youtube.com/watch?v=71TCoKdGj8w



05 de junho de 2020