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Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



Fórum da EMERJ promove conversa entre o Poder Judiciário e a Medicina


Fórum da EMERJ promove conversa entre o Poder Judiciário e a Medicina
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“Independentemente da Covid-19, os médicos continuam lidando com outras doenças nos hospitais, pois elas não pararam. Com isso, os processos judiciais de saúde continuam entrando no Poder Judiciário, sejam eles relacionados ao coronavírus ou não. Ouso afirmar que nós, magistrados e até mesmo advogados, não estamos completamente preparados para tomar decisões desse tipo, pois precisamos nos aprofundar no conhecimento. Juiz não é médico, assim como não é engenheiro ou contador, mas temos que decidir sobre todas as questões, sejam elas bancárias, contratuais ou de saúde, tema do evento de hoje. Um dos assuntos mais polêmicos quando tratamos disso são as internações nas Unidades de Tratamento Intensivo”, disse a presidente do Fórum Permanente de Biodireito, Bioética e Gerontologia da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), juíza Maria Aglaé Tedesco Vilardo, na abertura do web-seminário “Covid-19 e a UTI: o resgate dos cuidados intensivos”, realizado nesta terça-feira, dia 01, via plataforma Zoom.


Convidado para o encontro, o gestor médico do CTI do Complexo Hospitalar de Niterói (CNH) e especialista em Medicina Intensiva, Moyzes Damasceno, falou a respeito da interação entre o Poder Judiciário e a Medicina. Ele destacou a importância da aproximação:


“É muito importante criarmos essa aproximação entre as nossas áreas. Para nós, médicos, não é fácil receber uma determinação de internar alguém vinda de um juiz, onde muitas das vezes não temos a melhor condição para isso”.


Assim como citado pela presidente do Fórum, juíza Maria Aglaé, falar a respeito das UTIs sempre gera um desconforto, principalmente nos familiares dos pacientes. Ao apresentar quadrinhos que buscam representar um ambiente de UTI, o gestor médico Moyzes Damasceno explicou:


“Quando falamos em UTI, muitos imaginam isso como um ambiente completamente tecnológico, frio e repleto de máquinas. É um ambiente que amedronta alguns, assusta outros, e de alguma maneira passa a ideia de um estado muito crítico do paciente - mais do que pode ser -, deixando os familiares preocupados”. E completou: “Os propósitos básicos de uma UTI clássica é recuperar os pacientes críticos e estabilizar os instáveis, além de integrar-se às enfermarias e outras unidades de internação, colocando-se à disposição para detecção precoce de instabilidade clínica”.


Para assistir o evento, na íntegra, basta acessar o link: https://www.youtube.com/watch?v=UzGogCH3uMA



02 de setembro de 2020