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Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



Advogada participa de live da EMERJ sobre Direito Criminal e espaço da mulher no cenário jurídico


Advogada participa de live da EMERJ sobre Direito Criminal e espaço da mulher no cenário jurídico
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Nesta semana, o bate-papo da live no Instagram @emerjoficial recebeu a advogada criminalista Maíra Fernandes, mestre em Direito e pós-graduada em Direitos Humanos pela UFRJ, coordenadora do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais no Rio de Janeiro (IBCCRIM), vice-presidente da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas no Rio de Janeiro (ABRACRIM-RJ) e conselheira da OAB-RJ.


O encontro virtual com o diretor-geral da EMERJ, desembargador André Andrade, aconteceu na noite de quarta-feira, dia 29 de julho. Eles conversaram sobre os desafios da advocacia criminal e a efetivação dos espaços da mulher no cenário jurídico.


“Lidar com direito criminal é lidar com a patologia da sociedade”, disse André Andrade, que considerou serem muitos os desafios da advocacia criminal.


“A advocacia criminal é vocação, pois é preciso sensibilidade para se ter a consciência de que estamos tratando do maior drama da vida daquela pessoa. Escritório de advocacia criminal tem lenço de papel na sala de reunião”, contou a advogada, que considera os detalhes do caso importantes para a defesa de uma ação criminal.


A advogada alertou sobre o que chamou de “revitalização do devido processo legal”.


“Fico preocupada com essa relativização que aconteceu nos últimos anos , por uma série de motivos. Acho que a mídia, de alguma forma, abraçou a ideia de que o processo é um problema. Isso é perigoso. Um processo precisa respeitar o devido processo legal”.


Ao comentarem sobre o cenário feminino na advocacia, André Andrade leu dados de uma pesquisa da OAB que aponta estar equilibrado o número de mulheres e de homens na advocacia. E em 10 estados, incluindo o Rio de Janeiro, há mais mulheres advogadas do que homens. “Mas sabemos que ainda há desafios na profissão para as mulheres, qual sua opinião?”, perguntou o desembargador.


Maíra, que defende causas criminais de grande repercussão na mídia, é engajada nos direitos das mulheres e nos direitos humanos, falou a respeito.


“Tem crescido muito o número de mulheres criminalistas, mas ainda há desafios. O feminismo ganhou força nos últimos anos e isso ajuda muito. Direito criminal é sim coisa de mulher”. Para a advogada , o machismo da sociedade está em todas as áreas e também na advocacia.


Maíra pontuou que eventos como debates, seminários e palestras são ambientes predominantemente masculinos. “Temos mulheres incríveis em todas as áreas trabalhando os mais diversos temas”, disse ela, que considera necessário haver mais inclusão.


Sobre Direito e mídia, Maíra disse: “Hoje em dia os processos são muito midiáticos e, para saber lidar com isso, é importante respeitar a liberdade de imprensa”.


A live na íntegra pode ser assistida em https://www.youtube.com/watch?v=-6fP0i9if5M



30 de julho de 2020