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Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



Lei do clube-empresa é objeto de estudo em evento da EMERJ


Lei do clube-empresa é objeto de estudo em evento da EMERJ
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A Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), com apoio da Escola Superior de Advocacia do Estado do Rio de Janeiro (ESA), realizou, na última terça-feira, dia 15, o webinar “A importância da Lei do Clube-Empresa para o Brasil”.


Realizado via plataforma Zoom, o evento reuniu o deputado federal e autor do projeto de Lei do Clube-Empresa, Pedro Paulo; o professor Pedro Trengrouse; e o desembargador aposentado e professor Luiz Roberto Ayoub, que comentou na abertura do evento:


“Hoje, vamos nos dedicar a falar de um tema palpitante, do momento, importante para a economia do país e que tem gerado muitos comentários, lives e, consequentemente, dúvidas. O tema vem sendo objeto de muitos questionamentos não só dos torcedores ou de pessoas de fora, mas também de dirigentes e investidores”.


Autor do projeto de lei, o deputado federal Pedro Paulo falou da importância de buscar exemplos positivos e, em cima deles, estudar e trazer para o cenário nacional, visando a melhorar a situação dos clubes e dos campeonatos.


“De tanto ouvir de especialistas do futebol, seja da área jurídica, atletas ou dirigentes, aprendi que precisamos mudar as bases do futebol brasileiro com projetos estruturantes. Precisamos entrar diretamente no problema, e isso passa muito pela situação dos clubes do futebol brasileiro. A seleção vai bem, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) gere bem, mas os clubes e o campeonato brasileiro estão muito aquém do potencial que têm. Vemos em outros países o futebol dando certo financeira e desportivamente; precisamos olhar para esses exemplos - como fizemos - para estudar e aprender com eles”, disse.


O professor Pedro Trengrouse falou a respeito das dívidas acumuladas por gestões nos clubes do futebol brasileiro.


“Uma boa parte das razões do insucesso das iniciativas de clube-empresa que já tivemos no Brasil é justamente o fato de que a associação continua existindo como um fantasma, à espreita de um resultado ruim para retomar o controle da atividade. Temos vários exemplos disso. Com a possibilidade da conversão, a associação deixa de existir e a sociedade empresária ou dará certo, ou quebrará, indo à falência, como acontece com qualquer negócio. O fato é: se os ativos tiverem valor, se a marca tiver valor e viabilidade, outra pessoa vai comprar. A sociedade se ressente não da falência, mas do zumbi, que não consegue sair desse passivo impagável, das dívidas que se acumulam a cada gestão amadora em um clube, impossibilitando-o de gerar empregos, renda e desenvolver sua atividade com plenitude”, explicou.


Em sua fala, o professor ainda citou como exemplo alguns campeonatos estrangeiros que possuem clubes-empresa. Ele falou da La Liga, campeonato nacional da Espanha; da Ligue 1, campeonato nacional da França; e se aprofundou no campeonato inglês, discorrendo a respeito da Premier League, EFL Championship, Football League One e Football League Two - 1ª, 2ª, 3ª e 4ª divisões da Inglaterra, respectivamente.


“A Inglaterra é o melhor exemplo de todos. Nas quatro divisões do campeonato nacional, mais da metade dos clubes pertencem a estrangeiros. Ou seja, não é um investimento local; é algo globalizado, e o Brasil está fora disso, perdendo muito. A quarta divisão da Inglaterra tem investimento turco, asiático, americano e africano. No Brasil, nada”, completou.


Para assistir à transmissão completa, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=ptqy-YvAIr8&ab_channel=Emerjeventos



16 de dezembro de 2020