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Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



Fórum da EMERJ reúne operadores do Direito em evento sobre defesa no processo penal


Fórum da EMERJ reúne operadores do Direito em evento sobre defesa no processo penal
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O Fórum Permanente de História do Direito da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) promoveu, na última segunda-feira, dia 14, o webinar “A defesa no processo penal - perspectiva histórica e atualidade”. O evento foi realizado via plataforma Zoom e também teve transmissão no YouTube.


Participaram do encontro o presidente do Fórum, juiz Carlos Gustavo Direito; o juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira; a juíza Tula Mello; a defensora pública Renata Tavares da Costa; e o professor Denis Andrade Sampaio Júnior. Durante o evento, foram debatidos os temas “Julgamento histórico - julgamento contra a mulher e o quesito da clemência”, “Proteção à mulher no processo penal da não revitimização”, “Os limites éticos dos direitos de defesa” e “Standard defensivo no sistema criminal”.


“Hoje, teremos a oportunidade de ouvir pessoas que trabalham com isso há mais de 20 anos e que também estudam o tema. Será um debate muito interessante”, comentou o presidente do Fórum, juiz Carlos Direito, na abertura do evento, enquanto apresentava os convidados.


Ao falar a respeito do standard defensivo, o professor Denis Andrade listou problemas relacionados ao assunto, mas destacou uma.


“Talvez o problema da ampla informação seja um dos maiores problemas com que nós nos deparamos no dia a dia quando pensamos em standard defensivo. Informação quanto à prisão, dos Direitos que surgem à partir dessa situação, especialmente como defensor público; informação sobre toda a imputação - e talvez essa seja uma das mais fáceis, por estarmos ali no dia a dia -; informação sobre todas as possibilidades de defesa; e acesso aos elementos de prova acusatório e investigatório”, disse.


A juíza Tula Mello falou a respeito da proteção à mulher no processo penal. Em sua fala, afirmou que a mulher está mais desprotegida como vítima do que qualquer outra vítima.


“Mundialmente falando, os países desenvolvidos já perceberam que para a sociedade entender que efetivamente houve justiça, não basta a sanção ao agressor, porque a vítima fica esquecida, e esse esquecimento leva ao descrédito da justiça em um sentido geral. A mulher vítima está mais desprotegida que qualquer outra vítima, pois ela tem uma relação pessoal com o agressor, diferentemente de uma vítima de roubo, por exemplo, que chega ao fórum para relatar algo. A vítima de violência doméstica só foi ter atenção especial do legislador em 2006. Então veja, o Brasil é muito atrasado nesse aspecto de defesa da vítima, e principalmente se for uma mulher”, explicou.


Para assistir à transmissão completa, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=GxjwscXr79w&ab_channel=Emerjeventos



15 de dezembro de 2020