Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro
Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro
A Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro já começa a promoção de seminários e debates sobre o enfrentamento da violência contra as mulheres.
Os encontros virtuais promovidos pelo Núcleo de Pesquisa em Gênero, Raça e Etnia (NUPEGRE) e pelo Fórum Permanente de Violência Doméstica, Familiar e de Gênero, com o apoio da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fazem parte da campanha anual e internacional "16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres".
Em vários países, a campanha começa no dia 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, e vai até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. No Brasil, a mobilização começa dia 20 de novembro (Dia da Consciência Negra).
A EMERJ entra na campanha quatro dias antes. Na próxima segunda-feira, 16 de novembro, o evento programado debaterá a cultura do estupro no Brasil, a partir do caso de violência institucional praticado contra a influencer Mariana Ferrer, em Florianópolis. A jovem sofreu ataques durante julgamento do homem que ela acusou de estupro.
No dia 23, o evento fala sobre a questão da consciência negra e a comunidade quilombola, com a apresentação do livro: "Mulheres quilombolas: território de existências negras femininas".
E no dia 26, magistrados(as), estudantes e professoras da UFRJ vão tratar do papel da universidade no enfrentamento à violência contra a mulher. O objetivo do encontro é criar estratégias para facilitar o acesso à justiça por parte das mulheres.
"Sabemos que existe um componente estrutural da desigualdade de gênero no Brasil, que faz com que as mulheres ainda sofram esse tipo de violência, além de opressão e muita dominação por parte dos homens. É muito importante a EMERJ promover os debates trazendo especialistas da área, porque só assim, nesse engajamento de toda a sociedade jurídica, vamos conseguir prevenir e buscar um caminho para eliminar a violência contra as mulheres e meninas no Brasil"., ressalta a juíza Adriana Ramos de Mello, presidente do NUPEGRE e do Fórum Permanente.
A campanha
A campanha internacional "16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres" foi iniciada por ativistas no Instituto de Liderança Global das Mulheres, em 1991, e continua a ser coordenada anualmente pelo Centro para Liderança Global das Mulheres. É uma estratégia de mobilização de indivíduos e organizações, em todo o mundo, para engajamento na prevenção e na eliminação da violência contra as mulheres e meninas.
Em apoio a esta iniciativa da sociedade civil, a campanha do Secretário-Geral da ONU , António Guterres. “UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres até 2030” pede ações globais para aumentar a conscientização, estimular os esforços de defesa e compartilhar conhecimentos e inovações. (fonte: ONU Mulheres)
12 de novembro de 2020
