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Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



Psicólogos se reúnem na EMERJ para debaterem o enfrentamento à violência contra a mulher


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Em comemoração aos 13 anos da Lei Maria da Penha e ao Dia do Psicólogo, a EMERJ, por meio do Fórum Permanente de Violência Doméstica, Familiar e de Gênero, promoveu, nesta terça-feira, 20 de agosto, o evento “A Psicologia no Enfrentamento à Violência contra a Mulher”.

A juíza Adriana Ramos de Mello, presidente do Fórum, abriu o evento ao lado da psicóloga Cecília Teixeira Soares, membro do Fórum, e do professor Pedro Paulo Gastalho de Bicalho, diretor do Conselho Federal de Psicologia.

“Existem hoje um milhão e 700 mil psicólogos no mundo. Destes, 353 mil são brasileiros. O que mais mudou na história da psicologia brasileira nos 57 anos de profissão regulamentada foi a inserção da psicologia nas políticas públicas brasileiras. Somos o nono país em desigualdade social, o primeiro em violência contra pessoas LGBTs, o quinto país no assassinato de mulheres e o sétimo no assassinato de juventudes”, ressaltou Pedro Paulo Gastalho de Bicalho.

“A Psicologia na Rede de Atendimento” foi o tema do primeiro painel, apresentado pelas psicólogas Sandra Pinto Levy, Renata Monteiro da Silva, Cristina Fernandes e Waléria Gonzalez.

“O mais importante é construir essa rede de apoio para que a mulher vítima de violência tenha condições e subsídios para o enfrentamento da situação. A equipe multidisciplinar, com psicólogos, assistentes sociais e advogados, vai dar o apoio para que a mulher reflita, se empodere, e possa elaborar estratégias de mudança”, pontuou Waléria Gonzalez .

Renata Monteiro da Silva destacou a contribuição do psicólogo que trabalha no Poder Judiciário: “Nós fazemos o assessoramento dos juízes, na aplicação de medidas protetivas, nos processos. Não fazemos psicoterapia no Judiciário, mas quando há necessidade de apoio, é o serviço de psicologia do Judiciário que faz o encaminhamento dessas mulheres que sofreram violência para o suporte psicoterápico”.

“A Formação de Psicólogos para atuação na Rede” foi o tema do segundo painel, apresentado pelas psicólogas Lidia Levi de Alvarenga e Paula Land Curi.

“A mulher pode ser vítima de violência doméstica, independente da classe social. No projeto ‘Por que temos também que falar de violência? ’, da Universidade Federal Fluminense (UFF), o que se percebe é que a diferença é a maneira como as mulheres falam da violência a que foram submetidas”, ressaltou Paula Land Curi.


20 de agosto de 2019