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Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



Preconceito, intolerância e direito de ir e vir são temas abordados na primeira dramatização da Cia Teatral da EMERJ


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“Ando sempre livre e ocupo todos os espaços. De todas as coisas seguras, a mais segura de todas sou eu, a dúvida. Na poesia, no amor e até mesmo nas religiões. Duvidar de si mesmo é o primeiro sinal da verdadeira inteligência”. Uma reflexão sobre a dúvida foi a primeira esquete da peça “Casos Jurídicos”, apresentada pela Cia Teatral da EMERJ, nesta quinta-feira, dia 12 de dezembro.


Sob a direção de Lúcia Frota, secretária-geral da Escola, o elenco formado por colaboradores da EMERJ levou ao palco histórias do dia a dia dos tribunais, com casos jurídicos dramatizados. Preconceito, intolerância, direito de ir e vir - temas que desafiam os operadores do Direito diante de casos concretos atuais - foram abordados pelos autores de maneira lúdica, com muito humor.


“A figura icônica expressionista central é a dúvida. Uma espécie de alter-ego que permeia todo ser humano. Conseguimos construir um espetáculo expressionista ótimo. Eu trabalho com teatro desde os meus nove anos de idade e trabalhar com não atores não diminui em nada a força da arte. Acredito no teatro como elo capaz de recompor o tecido social”, destacou Lúcia Frota.


O espetáculo foi a primeira reunião do Fórum Permanente de Diálogos e Debates Jurídicos, que produziu a dramatização. Os desembargadores Murilo André Kieling Cardona Pereira e Maria da Glória Oliveira Bandeira de Mello, presidente e vice-presidente do Fórum respectivamente; a juíza Maria Celeste Pinto de Castro Jatahy e o professor Alexandre Martins Flexa, membros do Fórum, foram os autores./p>

A peça provocou gargalhadas em uma plateia muito atenta que, ao final da apresentação, aplaudiu de pé.


“Todos os dias nos convencemos, cada vez mais, desse caráter metajurídico dos processos que nos chegam. Metajurídico porque transcende no conteúdo as linhas da doutrina. Os processos são verdadeiros hospedeiros de sentimentos, têm vida. Daí a sentença. Sentenciar é exteriorizar um sentimento”, ressaltou o desembargador Murilo Kieling, durante o debate após a apresentação.


A desembargadora Cristina Tereza Gaulia, vice-presidente do Conselho Consultivo da EMERJ, parabenizou todos que participaram da dramatização e entregou os certificados a cada um dos componentes da Cia Teatral da EMERJ e aos membros do Fórum Permanente de Diálogos e Debates Jurídicos.


Elenco:

André Santos, Cleide Casal, Ébano Machel, Érick Hunguenin, Gabriela Simis, Juliana Trindade, Luiz Regaço e Sonia Guedes.



16 de dezembro de 2019