Magistrados, outros operadores do Direito, professores, economistas e estudantes se reuniram na EMERJ, nesta quinta-feira, 24 de outubro, para o evento “O Entretenimento como Vocação na Cidade do Rio de Janeiro”.
Promovido pelo Fórum Permanente de Direito da Cidade, o encontro foi aberto pelo desembargador Marcos Alcino de Azevedo Torres, presidente do Fórum.
Como podemos, com o erro dos outros e com os nossos erros, pensar em tornar os megaeventos efetivamente produtivos e benéficos para a cidade? A partir desse questionamento, o advogado Marcelo Queiroz fez uma reflexão sobre os megaeventos: “A primeira impressão é a de que os megaeventos vão trazer dinheiro e melhorar a qualidade de vida da cidade anfitriã. Mas temos exemplos no Rio, do caso do metrô, que não foi concluído, do legado olímpico e da copa, com muito abandono, o que gerou uma despesa para a cidade. O que não podemos contar, não podemos controlar, que é o caso do Rio de Janeiro, em que os números não são claros, não houve transparência, nem participação popular”.
O advogado ainda citou exemplos de cidades que tiveram prejuízos com as Olimpíadas: “O case de sucesso mais relevante foi o de Barcelona, em 1992, e mesmo assim deixou uma dívida de 6,2 bilhões de dólares. Em Atenas, em 2007, a dívida foi de 40 bilhões de dólares”.
A professora Vânia Siciliano Aieta (UERJ), membro do Fórum Permanente, falou sobre a importância do Carnaval: “Além de toda a tradição cultural, o Carnaval pode ser um grande instrumento de fomento econômico para o Rio de Janeiro. É de fato um negócio rentável, que gera dinheiro e emprego e traz muito desenvolvimento para a cidade”.
Ainda participaram do encontro o advogado Paulo Horn, a advogada Paula Vergueiro e o economista Márcio Sette Fortes.
24 de outubro de 2019