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Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro



Filme Auto de Resistência é exibido e debatido na EMERJ


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“Um documentário sobre os homicídios praticados pela polícia contra civis, no Rio de Janeiro, em casos conhecidos como autos de resistência. O filme acompanha a trajetória de personagens que lidam com essas mortes em seus cotidianos, mostrando o tratamento dado pelo Estado a esses casos, desde o momento em que um indivíduo é morto, passando pela investigação da polícia, até as fases de arquivamento ou julgamento por um tribunal do júri”. Essa é a sinopse do documentário “Auto de Resistência”, dirigido pela cineasta Natasha Neri.

Para debater aspectos que envolvem o filme e o tema, o Fórum Permanente de Política e Justiça Criminal promoveu um encontro, nesta terça-feira, dia 27 de agosto. Participaram o desembargador Sérgio de Souza Verani, vice-presidente do Fórum; a cineasta Natasha Neri e o diretor Lula Carvalho; o defensor público Daniel Lozoya Costant Lopes; e a pedagoga Ana Paula Oliveira.

Em conversa, a cineasta e diretora do filme, Natasha Neri, contou que é a primeira vez que o documentário é exibido no Tribunal de Justiça, que foi um grande colaborador, autorizando as pesquisas e os acompanhamentos dentro dos Fóruns. “No filme mostramos um pouco dos bastidores do sistema de Justiça, por isso é uma honra estar aqui e mostrar o resultado do que foi coletado e filmado nos corredores do Tribunal de Justiça”, disse a diretora do filme que ganhou o troféu no Festival É tudo Verdade de 2008 e foi o concorrente brasileiro do Oscar, na categoria documentário.

“Temos hoje no Brasil uma política de segurança pública muito violenta, com estímulo ao uso da violência nas favelas, com operações que violam os direitos humanos e as garantias constitucionais, como o direito de ir e vir da maior parte da população carioca que mora nessas comunidades. Então, debater o filme e o assunto dentro de uma escola de magistratura é muito importante, para que os estudantes e operadores do Direito possam formular um processo reflexivo, no intuito de colaborar para não legitimar esse processo social, chamado genocídio, para que possam fazer uma reflexão crítica a partir dos seus lugares de fala e de trabalho, como uma forma de garantir a vida das pessoas que moram nas favelas. O Direito também é uma forma de garantir a vida”, disse Natasha Neri.

O filme foi exibido no auditório Des. Paulo Roberto Leite Ventura da EMERJ. Saiba mais sobre o filme: www.autoderesistencia.com.br


28 de agosto de 2019