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Dando continuidade ao programa Livro Aberto, “Biblioteca e Cultura” promoverá nos meses de agosto e setembro a sua segunda temporada. Por meio de leituras de narrativas ficcionais e poesias de escritores e poetas brasileiros e estrangeiros de todas as épocas, o programa visa a divulgar a literatura; estimular a leitura; provocar reflexão crítica; fomentar o enriquecimento intelectual e cultural; disseminar valores estéticos e éticos e contribuir para a formação de cidadãos mais críticos e sensíveis.
Previsto para o período de 12 de agosto a 30 de setembro, o segundo capítulo do Livro será aberto pela obra da romancista e contista LYGIA FAGUNDES TELLES. Considerada pela crítica uma das mais importantes escritoras brasileiras, foi eleita para a Academia Brasileira de Letras em 1985 e, em 2005, recebeu o Prêmio Camões, o mais importante da literatura de Língua Portuguesa. Dos oitenta e cinco contos reunidos na obra Os Contos, publicada pela Companhia das Letras*, a Comissão Biblioteca e Cultura escolheu quatro para serem lidos e debatidos: Senhor diretor, Venha ver o pôr do sol, Verde lagarto amarelo e O menino.
As leituras, realizadas por magistrados do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, são seguidas de rodas de conversa com debatedores convidados e participantes. Os encontros, realizados de forma remota pela plataforma Zoom da EMERJ, são transmitidos em tempo real pelo YouTube, canal EMERJ. As reuniões realizadas ficam disponíveis no YouTube. A programação é aberta ao público em geral, com tradução simultânea da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Sigamos com o Livro Aberto.
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* TELLES, Lygia Fagundes
Os Contos, 1ª edição, São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
“Gravar a intenção para garantir a permanência – era isso? O gesto, a careta, o grito podia se perder, mas a palavra precisava ser guardada como os vaga-lumes que eu caçava e fechavas nas pequenas caixas de sabonete. Teria nascido nesse tempo o antigo instinto de permanecer, de se valer da arte para assim ficar. Resistir. A esperança de infinito na nossa finitude”
(NO PRINCÍPIO ERA O MEDO – Depoimento)
LYGIA FAGUNDES TELLES
Leitura do conto: Senhor diretor
“Que sei eu desse rio com seus descaminhos? Mas não é no coração que vão dar todos eles? O coração, ele mesmo não se irriga nesse amor?”
Leitura do conto: Venha ver o pôr do sol
“(...) a beleza não está nem na luz da manhã nem na sombra da noite, está no crepúsculo, nesse meio-tom, nessa ambiguidade.”
Leitura do conto: Verde lagarto amarelo
“Podia rolar na terra e não se conspurcava, nada chegava a sujá-lo realmente porque mesmo através da sujeira podia se ver que estava intacto.”
Leitura do conto: O menino
“(...) Na rua, ele andava pisando forte, o queixo erguido, os olhos acesos. Tão bom sair de mãos dadas com a mãe.”